Março 22, 2025
Frente Comum espera milhares de trabalhadores na manifestação desta sexta-feira | Função Pública
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O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, espera que “milhares de trabalhadores” participem da manifestação nacional nesta sexta-feira e antecipa que os pré-avisos de greve emitidos tenham “grande impacto” em diversos setores do Estado , em especial em escolas, hospitais e postos de saúde.

“Vamos ter milhares de trabalhadores em Lisboa”, antecipou o dirigente, em declarações à agência Lusa, acrescentando que espera uma elevada adesão aos pré-avisos de greve emitidos para “todo o dia” de sexta-feira, de modo a “permitir a deslocamento dos trabalhadores para a manifestação”.

Os setores mais afetados devem ser a educação, a saúde e os serviços de atendimento ao público, nomeadamente os da Previdência e Finanças, precisou.

No final de setembro, a Frente Comum anunciou uma manifestação nacional para 25 de outubro, em Lisboa, que começará às 15h na Praça do Marquês de Pombal, seguindo depois para a Assembleia da República, com o objetivo de exigir aumentos de salários e pensões , a valorização das carreiras dos servidores e o fortalecimento dos serviços públicos.

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No caderno reivindicativo, a Frente Comum reclama aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de Janeiro de 2025.

A proposta que o Governo colocou na mesa aponta para um aumento de 55,26 euros ou um mínimo de 2,1% no próximo ano, um valor melhor do que o apresentado inicialmente mas ainda muito aquém das exigências dos sindicatos. A solução proposta para o ano que vem será repetida em 2026. E, para 2027 e 2028, o executivo promete um aumento de R$ 57,89 para a maioria dos trabalhadores ou um mínimo de 2,2% para quem tem salários mais altos.

A Frente Comum, afeta à CGTP, também exige um aumento intercalar das remunerações, com a intenção de “repor o poder de compra perdido”, e quer que o subsídio de alimentação seja aumentado de seis para 10,50 euros por dia. A proposta do executivo não faz nenhuma proposta de aumento do vale-refeição ou diárias.

A estrutura que reúne mais de 30 entidades sindicais também exige aumento do salário mínimo na administração pública para 1000 euros, a partir de janeiro. Essa proposta de atualização é maior do que o valor que o governo propôs aos sindicatos e que pressupõe que a base de remuneração da administração pública suba para 875 euros no próximo ano.

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A intenção do executivo é que a base de remuneração do funcionalismo público evolua para 925 euros, em 2026, e para 975 euros no ano seguinte, com o objetivo de chegar a 1025 euros mensais ao final da legislatura.

No dia 29 de Outubro, véspera da votação do Orçamento do Estado para 2025 na generalidade, está prevista mais uma reunião entre os sindicatos e a secretária de Estado da Administração Pública.

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