O arquiteto nipónico Riken Yamamoto, divulgado pelos projetos que valorizam a comunidade e aproximam culturas, é o vencedor do prêmio Pritzker 2024, o mais importante láurea mundial da arquitetura, anunciou esta terça-feira a organização. Nascente láurea internacional foi criado em 1979 para premiar anualmente um arquiteto vivo por conquistas importantes nesta disciplina, e inclui um valor monetário de 100 milénio dólares (muro de 92.240 euros).
“Yamamoto desenvolve uma novidade linguagem arquitetônica que não se limita a gerar espaços para as famílias viverem, mas cria comunidades para as famílias viverem juntas”, disse Tom Pritzker, presidente da Instalação Hyatt, que patrocina o prêmio. Os arquitetos portugueses Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura foram distinguidos com o Pritzker em 1992 e em 2011, respetivamente.
Presidido pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena, o júri desta edição também integrou o diplomata brasílico André Aranha Lago, o professor de História da Arte Barry Bergdoll, a arquiteta Deborah Berke, o jurista Stephen Breyer, o arquiteto Kazuyo Sejima e o professor e arquiteto Wang Shu.
A justificativa do júri deste ano referiu que Riken Yamamoto foi selecionado “para sensibilizar a comunidade para quem é a responsabilidade da exigência social, por questionar a disciplina da arquitetura para calibrar cada resposta arquitetônica individual e, sobretudo, por lembrar que na arquitetura, uma vez que na democracia, os espaços devem ser criados pela vontade das pessoas.”
Riken Yamamoto nasceu em 1945, em Pequim, na República Popular da China, e mudou-se para Yokohama, no Japão, pouco depois do término da II Guerra Mundial, habitando desde a puerícia uma moradia em que o estabilidade entre as dimensões públicas e privadas eram próximos, pois a residência da família tinha a farmácia da sua mãe na frente, e a espaço de habitação nas traseiras.
O 53.º laureado com o Pritzker licenciado na Universidade de Nihon, no Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia, em 1968, e obteve um mestrado em arquitetura na Universidade de Artes de Tóquio, em 1971, fundando seu atelier , Riken Yamamoto & Field Shop, em 1973.
A transparência na forma, no material e na filosofia da arquitetura continua a ser um elemento importante nas suas obras, segundo o expedido hoje divulgado pela organização do Pritzker que, até esta edição, já distinguiu outros oito arquitetos japoneses, uma vez que Kenzo Tange (1987) e Arata Isozaki (2019).
A obra de Yamamoto, 79 anos, inclui residências privadas e habitações públicas, escolas, instituições cívicas e universidades, uma vez que a da Província de Saitama (1999) e a Nagoya Zokei (2022), ainda o multíplice Hotakubo Housing (1991), a Livraria de Tianjin (República da China, 2012), e o meio de lojas e serviços The Circle, do Aeroporto de Zurique (Suíça, 2020).
Depois o terramoto de 2011 no Japão, e o tsunami de Töhoku, criou o Sítio Area Republic Lab, um instituto devotado a atividades comunitárias através do design arquitetônico, e instituiu o Prêmio Sítio Republic, em 2018, para homenagear jovens arquitetos que “agem com coragem e ideais para o porvir”.
Entre as distinções ao longo da sua curso de cinco décadas, inclui-se o Prémio do Instituto de Arquitectos do Japão para o Museu de Arte de Yokosuka (2010), o Prémio de Edifícios Públicos (2004 e 2006), o Prémio de Ouro Good Design (2004 e 2005), o Prémio do Instituto de Arquitetura do Japão (1988 e 2002), o Prémio da Ateneu de Artes do Japão (2001) e o Prémio de Arte Mainichi (1998).
Em 2023, o Pritzker foi entregue ao arquiteto britânico David Alan Chipperfield, divulgado pelos projetos de renovação de edifícios antigos uma vez que o Novo Museu de Berlim, e em 2022 foi recompensado o arquiteto do Burkina Faso Francis Kéré, que se tornou o primeiro africano a ocupar o láurea.
Entre os laureados anteriores estão Philip Johnson, primeiro insigne, Aldo Rossi, Frank Gehry, Rafael Moneo, Norman Foster, Zaha Hadid, Jean Nouvel, Yvonne Farrell, Shelley McNamara, assim uma vez que os arquitetos brasileiros Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha.
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