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A ministra brasileira afirmou ainda que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “admitiu que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil”
Gustavo Garello
A ministra dos Povos Indígenas do Brasil condenou o português Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, por ter usado a frase “equipa de índios” e convidou-o a saber a história dos povos indígenas e da “colonização de Portugal”.
“O técnico do Palmeiras errou, e muito, na sua enunciação. Gostaria de convidá-lo a saber a história dos povos indígenas do Brasil. E também saber a história de colonização de Portugal, seu país de origem, em relação ao Brasil e porquê estamos trabalhando para rever isso”, começou por grafar nas suas redes sociais, Sonia Guajajara, já depois de Abel Ferreira ter pedido desculpas de manhã.
A ministra brasileira afirmou ainda que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “admitiu que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil”
“Uma enunciação muito importante porque o reconhecimento de tais crimes é o 1.º passo para ações concretas de reparação”, prosseguiu.
Em razão estão declarações feitas a 23 de abril, durante um jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o país deveria “assumir a responsabilidade totalidade” pelo que fez no período colonial e “remunerar os custos”
A ministra brasileira elogiou o posicionamento do patrão de Estado português que trouxe para debate a prestígio de continuar “numa agenda de paridade étnico racial porquê premissa para a cidadania”.
Sonia Guajajara recordou ainda o harmonia o memorando de entendimento assinado em junho em Portugal entre o Governo brasílico e o Observatório do Racismo e Xenofobia.
“Essas ações são importantíssimas e passam também pelo combate a estereótipos em relação a esses povos, que levam a falas inadmissíveis porquê essa de Abel Ferreira”, concluiu a ministra brasileira.
Abel Ferreira pediu desculpa por ter usado a frase “equipa de índios”.
“Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu teor. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de prensa”, lê-se na página solene do técnico no Instagram.
Abel Ferreira empregou esta frase na quinta-feira, posteriormente a vitória por 3-1 frente ao Atlético Goianense, aludindo ao estabilidade oferecido ao ‘onze’ pelo médio prateado Aníbal Trigueiro, que, em sua opinião, permitiu que os avançados jogassem mais libertos.
“Porque esta não é uma equipa de índios. Há uma organização e, dentro dessa organização, há liberdade para gerar e se conectarem. Temos princípios de jogo e um deles é o estabilidade e o Aníbal é um desses pêndulos”, referiu, na ocasião, o português.
Um dia depois, Abel Ferreira lamentou a frase utilizada:
“Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Todos devemos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpa a todos, em peculiar às comunidades indígenas”.
Com Lusa
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