Greve na CP leva ao cancelamento de 263 trens até 19h | Transportes #ÚltimasNotícias #Portugal

A greve parcial dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP levou ao cancelamento de 263 trens até as 19h desta segunda-feira, 28 de outubro, principalmente no serviço regional, segundo o último balanço enviado à Lusa.

Entre meia-noite e 19h, estavam programados 1.052 trens, com 789 e 263 suprimidos (25%).

Dos 66 trens de longa distância programados, 62 foram realizados e quatro foram suprimidos. No caso do serviço regional, 124 trens foram cancelados e 140 foram realizados, num total de 264 previstos.

Por sua vez, nos urbanos de Lisboa todos os 477 trens programados circularam. Já nos urbanos do Porto foram realizados 98 e suprimidos 119, contabilizando 217 programados. Nos urbanos de Coimbra, por sua vez, estavam programados 28 trens, sendo que 16 foram suprimidos e 12 circularam.

Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP – Comboios de Portugal deram início na última quinta-feira a uma greve que se estende até o dia 3 de novembro, com a transportadora antecipando interrupções na operação, sobretudo, em 31 de outubro.

Numa nota publicada no seu sitea empresa informou que, “por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI [Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante] entre os dias 24 de Outubro [quinta-feira] e 3 de novembro de 2024”, estão previstas perturbações na operação. A operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa, em especial nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado.

Nos dias 29 e 30 de outubro, também de greve parcial, a CP prevê perturbações nos serviços Regional/Inter-Regional, Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto. Já no dia 31 de outubro, quando a paralisação será total, por 24 horas, estão previstos transtornos no Alfa Pendular, Intercidades, Regional/Inter-Regional, Urbanos e Internacional Celta.

Segundo acórdão dos serviços mínimos publicado na página do Conselho Económico e Social (CES), no dia 31 de outubro, com “exceção dos comboios de longo curso, circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto, regionais e inter- regionais, entre 6h e 7h30 e entre 18h30 e 20h, nos exatos termos previstos antes da apresentação do aviso prévio”.

No restante período de greve, de paralisação parcial, o tribunal decretou apenas serviços mínimos necessários à segurança, manutenção, serviços de emergência e outros semelhantes.

Segundo fonte do SFRCI, que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, estas greves são motivadas pelo “incumprimento do acordo” assinado em Julho do ano passado com a operadora.

O protesto “tem a ver com a remuneração”, e, segundo o sindicato, o acordo prevê repassar um “prêmio de vale-transporte e disponibilidade para o salário-base”, algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um equilíbrio maior em relação às remunerações dos maquinistas.