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Há 40 anos, Carlos Lopes e Rosa Mota consagravam Portugal na maratona #ÚltimasNotícias #Portugal

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Ó bronze de Rosa Mota

Se por um lado Carlos Lopes coroava o esforço de uma vida na maratona masculina, a maratona feminina ratificava um fenômeno ascendente chamado Rosa Mota. Outra portuguesa a subir no pódio em LA84, e como nenhuma outra mulher do país jamais havia feito.

Rosa Mota nasceu na cidade do Porto, em 1958, e começou a correr no liceu onde estudava, para acompanhar os amigos. As vitórias se tornaram naturais e indicavam ali uma fora de série. Sua grande adversária era a Asmaque quase encerrou sua carreira. Sob a tutela do médico José Pedrosaque virou seu treinador, Mota recalculou sua rota e passou a se dedicar às distâncias mais longas.

O Brasil marcou a história de Rosa Mota. A partir de 1981, a portuguesa dominou a São Silvestrecom seis títulos consecutivos. Já a primeira participação numa maratona ocorreu em 1982. A distância sequer era permitida a mulheres em Portugal, mas Mota pôde disputar a edição inaugural da prova no Campeonato Europeu de Atletismoem Atenas. Não só competiu, como ganhou o ouro. A chegada era como uma profecia: aconteceu no Estádio Panatenaico, berço dos Jogos Olímpicos em 1896.

“Em 1982, quando venci a maratona nos campeonatos europeus, eu descobri a minha prova ideal… Tenho resistência, mas não tenho muita velocidade. Quanto maior a distância, mais confortável me sentia”, disse Rosa Mota à RTP, em entrevista de 1992. “É preciso gosto pelo que se faz, dedicação e esforço… Corria para ganhar, mas não para fazer recordes.”

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Rosa Mota chegou bem credenciada para a maratona dos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984, após vencer a Maratona de Chicago sim Maratona de Roterdã em 1983. Expectativas cumpridas com a medalha de bronze, logo atrás da americana Joana Benoit e da norueguesa Grete Waitz. Rosa Mota, de qualquer maneira, apenas começava a construir sua lenda. “Acabar uma prova nos Jogos Olímpicos é bom…ter uma medalha é excelente!”, diria. Viria bem mais.

A volta de Rosa Mota aos Jogos Olímpicos, em Sozinho 1988rendeu o inédito ouro a uma mulher portuguesa. E a lista de medalhas não parou por aí: foi campeã do Copa do Mundo de 1987 e de mais duas edições do Campeonato Europeu. Mota conquistou ainda algumas das maratonas mais tradicionais do planeta – Boston, Londres e Tóquio entre elas. Das 21 maratonas que a lusitana disputou, de 1982 a 1992, ela venceu 14 – além de ganhar uma prata e dois bronzes. Somou sete títulos nas chamadas “majors”as principais provas do mundo.

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Por fim, merece menção ainda António Leitãooutro medalhista de bronze de Portugal em Los Angeles 1984 numa prova de fundo. O atleta do Benfica acumulava conquistas juvenis e recordes nacionais, quando atingiu o topo da carreira no Coliseu. Tinha 24 anos e liderou a maior parte dos 5.000mmas foi ultrapassado nos 200m finais pelo marroquino Disse Aouita (que estabeleceu o recorde Olímpico) e pelo suíço Markus Ryffel. Leitão correu até os 31 anos, quando uma doença crônica limitou sua carreira. Faleceu em 2012, aos 51 anos.

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