Setembro 20, 2024
Há 40 anos, Carlos Lopes e Rosa Mota consagravam Portugal na maratona
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Ó bronze de Rosa Mota

Se por um lado Carlos Lopes coroava o esforço de uma vida na maratona masculina, a maratona feminina ratificava um fenômeno ascendente chamado Rosa Mota. Outra portuguesa a subir no pódio em LA84, e como nenhuma outra mulher do país jamais havia feito.

Rosa Mota nasceu na cidade do Porto, em 1958, e começou a correr no liceu onde estudava, para acompanhar os amigos. As vitórias se tornaram naturais e indicavam ali uma fora de série. Sua grande adversária era a Asmaque quase encerrou sua carreira. Sob a tutela do médico José Pedrosaque virou seu treinador, Mota recalculou sua rota e passou a se dedicar às distâncias mais longas.

O Brasil marcou a história de Rosa Mota. A partir de 1981, a portuguesa dominou a São Silvestrecom seis títulos consecutivos. Já a primeira participação numa maratona ocorreu em 1982. A distância sequer era permitida a mulheres em Portugal, mas Mota pôde disputar a edição inaugural da prova no Campeonato Europeu de Atletismoem Atenas. Não só competiu, como ganhou o ouro. A chegada era como uma profecia: aconteceu no Estádio Panatenaico, berço dos Jogos Olímpicos em 1896.

“Em 1982, quando venci a maratona nos campeonatos europeus, eu descobri a minha prova ideal… Tenho resistência, mas não tenho muita velocidade. Quanto maior a distância, mais confortável me sentia”, disse Rosa Mota à RTP, em entrevista de 1992. “É preciso gosto pelo que se faz, dedicação e esforço… Corria para ganhar, mas não para fazer recordes.”

Rosa Mota chegou bem credenciada para a maratona dos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984, após vencer a Maratona de Chicago sim Maratona de Roterdã em 1983. Expectativas cumpridas com a medalha de bronze, logo atrás da americana Joana Benoit e da norueguesa Grete Waitz. Rosa Mota, de qualquer maneira, apenas começava a construir sua lenda. “Acabar uma prova nos Jogos Olímpicos é bom…ter uma medalha é excelente!”, diria. Viria bem mais.

A volta de Rosa Mota aos Jogos Olímpicos, em Sozinho 1988rendeu o inédito ouro a uma mulher portuguesa. E a lista de medalhas não parou por aí: foi campeã do Copa do Mundo de 1987 e de mais duas edições do Campeonato Europeu. Mota conquistou ainda algumas das maratonas mais tradicionais do planeta – Boston, Londres e Tóquio entre elas. Das 21 maratonas que a lusitana disputou, de 1982 a 1992, ela venceu 14 – além de ganhar uma prata e dois bronzes. Somou sete títulos nas chamadas “majors”as principais provas do mundo.

Por fim, merece menção ainda António Leitãooutro medalhista de bronze de Portugal em Los Angeles 1984 numa prova de fundo. O atleta do Benfica acumulava conquistas juvenis e recordes nacionais, quando atingiu o topo da carreira no Coliseu. Tinha 24 anos e liderou a maior parte dos 5.000mmas foi ultrapassado nos 200m finais pelo marroquino Disse Aouita (que estabeleceu o recorde Olímpico) e pelo suíço Markus Ryffel. Leitão correu até os 31 anos, quando uma doença crônica limitou sua carreira. Faleceu em 2012, aos 51 anos.

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