Diferença de calendários
Muchacho acenda vela na igreja ortodoxa na Ucrânia. A Páscoa ortodoxa nas roupas orientais será, nascente ano, a 5 de maio, de contrato com o calendário juliano. No próximo ano, o Domingo de Páscoa coincidirá na mesma data, quer para os católicos, quer para os ortodoxos. Foto © Igreja Ortodoxa da Ucrânia.
Por justificação do calendário dissemelhante usado, as Igrejas Ortodoxas só iniciam por estes dias o período da Quaresma, quando a Igreja Católica já está no final desse tempo e a comemorar a Páscoa. Ao contrário dos católicos, os ortodoxos não têm qualquer celebração semelhante à Quarta-Feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma, e que nascente ano se assinalou a 14 de fevereiro.
São os arménios que, apesar de tudo, têm a celebração ortodoxa mais simbólica durante a Quaresma, o Yeregoyan (vésperas), durante o qual todos os altares e alguns ícones religiosos são cobertos por mantos roxos, cor caraterística deste período também para os católicos.
“Durante a Grande Quaresma, observamos 40 dias de jejum, o que significa que a mesocarpo e os lacticínios são proibidos, de contrato com a antiga tradição da Igreja”, explica à Dependência Católica de Notícias o chanceler do Patriarcado arménio, padre Aghan Gogchyan. “Para nós é um período em que refletimos com, e não sobre, o período de jejum realizado por nosso Senhor Jesus Cristo no deserto. Todos os encontros de Cristo, de contrato com os Evangelhos, são registrados e refletidos durante as liturgias quaresmais. É um período de autolimpeza, em que nos preparamos para o dom indigno da ressurreição de Cristo e para a subsequente esperança de vida eterna que vem com ela”, sublinha Gogchyan.
Já na Igreja Ortodoxa Copta, única na Quaresma com duração de 55 dias, teve início na segunda-feira, 11 de março. “Durante a Quaresma, observamos um jejum totalidade, da meia-noite às três da tarde. Não podemos consumir mesocarpo nem produtos animais; o peixe só é permitido em certos dias. O objetivo é voltar ao estado da humanidade antes do perversão original, quando só comia frutos do jardim. A capacidade de controlar a ingestão de víveres ajuda a dirigir as paixões e a tornarmo-nos indivíduos mais espirituais”, afirma o padre Antonious Al Orshalemy, vigário copta de Jerusalém, também em declarações à CNA.
Quanto à Igreja Ortodoxa Siríaca, esta celebrou, no dia 17 de março, um rito privativo devotado ao perdão. “Durante a reza da noite, há um momento em que os presentes trocam perdão uns com os outros. É um momento de purificação antes do início da Quaresma”, explicou Dayroyo Boulus Khano, monge e padre do Mosteiro Ortodoxo Siríaco de São Marcos, em Jerusalém. Na tradição católica siríaca, a Quaresma é orientada pelas palavras dos profetas e dos Padres da Igreja. Todos os dias, ao meio-dia – momento em que se quebra o jejum integral – realiza-se uma reza privativo na igreja, durante a qual os participantes se inclinam 40 vezes.
No dia 24 de março, os ortodoxos gregos celebraram o “Domingo (do triunfo) da Ortodoxia”, cujas temáticas centrais foram a vitória da verdadeira fé e, em pessoal, uma vitória sobre a iconoclastia por decisão do Sétimo Concílio Ecuménico do cristianismo, realizada em 787 na cidade de Niceia. Também para a tradição ortodoxa grega, a Grande Quaresma é marcada pela continência de muitos víveres, pela intensificação da reza privada e pública e pela esmola. O jejum rigoroso é proibido ao sábado e ao domingo.
A Páscoa ortodoxa nas roupas orientais será, nascente ano, a 5 de maio, de contrato com o calendário juliano. No próximo ano, o Domingo de Páscoa coincidirá na mesma data, quer para os católicos, quer para os ortodoxos.
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