O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, expressou hoje preocupação com a instabilidade, na sequência da morte de um imigrante na madrugada de domingo posteriormente uma discussão na via pública.
“Eu sinto-me preocupado. Somos uma cidade turística, os turistas [que] vêm a Fátima e os peregrinos [que] vêm Fátima gostam de sossego, sentem-se cá muito”, afirmou à dependência Lusa Humberto Silva, manifestando aperto com “estas perturbações, estes conflitos entre gangues, entre grupos de migrantes”.
O presidente da Junta adiantou existirem vídeos nos quais é verosímil ver “em plena rua” pessoas “a passarem no meio das esplanadas” e, embora já fosse tarde, “mesmo assim, ainda estavam pessoas nas esplanadas”.
Num dos dois vídeos a que a Lusa teve chegada, alegadamente relativos aos incidentes na madrugada de domingo, vê-se murado de 30 pessoas a correrem na rua Jacinta Marto, algumas das quais munidas de paus.
“Estou preocupado com esta situação. Começamos a ser a cidade dos tumultos”, reiterou o autarca.
Humberto Silva adiantou que já ocorreram outros episódios, “mas não com esta seriedade”, situações já abordadas com a Guarda Pátrio Republicana (GNR) e Polícia Judiciária (PJ).
Para o autarca, as condições em que vivem os imigrantes podem potenciar conflitos.
“Viverem 30 pessoas numa lar com capacidade para cinco ou seis, já se sabe porquê é que é”, referiu Humberto Silva.
Uma pessoa morreu esfaqueada e quatro ficaram feridas na madrugada de domingo em Fátima, posteriormente uma discussão na via pública entre um grupo de pessoas, disseram à dependência Lusa fontes da Proteção Social e da GNR.
Segundo explicou à Lusa o apenso de comando dos Bombeiros Voluntários de Fátima, André Maurício, pelas 01:13, um “aglomerado de pessoas envolveu-se numa discussão quase em frente ao quartel”, que fica a poucos metros do posto da GNR de Fátima.
“Quando nos apercebemos de que havia uma vítima no pavimento, deslocámo-nos ao sítio e acionámos os meios da ocorrência”, acrescentou, explicando que a vítima apresentava ferimentos de arma branca.
Uns metros adiante a discussão provocou ainda mais três feridos graves, que foram transportados para o Hospital de Santo André, em Leiria, e um ferido ligeiro, que recusou transporte, revelou ainda André Maurício.
O óbito da vítima mortal, com 25 anos, foi confirmado no sítio, tendo o corpo sido transportado para o Gabinete de Medicina Lícito de Tomar.
Segundo natividade do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Social do Médio Tejo, o alerta foi oferecido pelas 01:13 horas para uma discussão de um grupo de pessoas com um esfaqueamento na via pública.
Estiveram no socorro 22 operacionais, apoiados por 11 veículos dos bombeiros, Instituto Pátrio de Emergência Médica (INEM), Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), GNR e Polícia Judiciária.
Manadeira da GNR confirmou que houve uma discussão entre um grupo de pessoas, que resultou numa morte.
A PJ está a investigar o delito.