A oscilar entre o razoável e o medíocre, a Inglaterra lá conseguiu terminar a período de grupos do Euro 2024 sem perder, depois de um empate sem golos frente à Eslovénia em Colónia.
Com oriente empate, os ingleses chegaram aos cinco pontos e ficaram em primeiro no Grupo C, marcando encontro nos oitavos-de-final a 30 de Junho, em Gelsenkirchen, com Países Baixos ou Eslováquia, enquanto os eslovenos, com oriente seu terceiro empate, também garantem um lugar nos “oitavos” porquê um dos melhores terceiros (e deixa a Croácia de foram do Euro) e é um rival provável de Portugal em Frankfurt, na próxima segunda-feira.
Com o melhor que a Premier League tem para oferecer, a Inglaterra tem obrigações, de lucrar e fascinar. É isso que o mundo espera e, em privado os seus adeptos, infinitamente optimistas de que será desta que conseguem levar a esfera para morada. Mas, diz a verdade básica da esfera, 11 craques não fazem uma equipa e não jogam sozinhos – precisam de estrutura táctica e estratégica. Isto é a Inglaterra de Gareth Southgate.
A Eslovénia é rigorosamente o contrário: zero jogadores da Premier League, mas isso não quer expressar que não sejam bons. Só que a sua força é outra: os eslovenos são mais do que a soma das suas partes.
No esfinge do enquadramento dos jogadores que tem, Southgate finalmente abdicou da adaptação de Alexander-Arnold e alinhou um meio-campo mais normal, com Gallagher ao lado de Rice numa tentativa de encurtar espaços entre sectores e manter a pressão em cima do rival. Só que a Eslovénia, porquê já se tinha visto nos jogos anteriores, é um padrão de organização e solidariedade para qualquer equipa. Sabe o que fazer em todos os momentos.
Não foi uma grande Inglaterra na primeira secção. Teve as suas aproximações, ora por Saka, ora por Foden, Kane muito recuava para fabricar confusão, mas zero. A Eslovénia era um conjunto. Aos 20’, os ingleses ainda celebraram um golo de Saka, num encosto à boca da marco depois passe de Foden, mas a jogada foi anulada por fora de jogo do varão do Manchester City. E aos 40’, um bom interceptação de Trippier quase encontrou a cabeça de Gallagher, mas o médio do Chelsea não chegou – nem Kane, que falhou a emenda ao segundo poste.
A Inglaterra estava bloqueada. A Eslovénia estava segura e espreitava sempre uma oportunidade para servir os voluntariosos avançados Sporar e Sesko. Para a segunda secção, Southgate meteu em campo Mainoo, o ainda jovem do Manchester United e a selecção dos três leões respondeu positivamente à presença do jovem, mais pressionante e mais assertiva, mas os ingleses continuam bom um bloqueio de ideias perante o bloqueio esloveno.
A verdade é que a Inglaterra, apesar de mais assertiva, não criou grandes problemas a Jan Oblak, que até teve uma noite relativamente tranquila – excepto no tempo de ressarcimento, em que teve de sujar os calções para travar um remate do recém-entrado Cole Palmer, depois uma jogada que passou por Mainoo e Kane. Para os eslovenos, oriente empate o terceiro em três jogos, vale por uma vitória e por uma ininterrupção certa no Euro. Quanto aos ingleses, o melhor que tiraram deste é que não perderam e que, por enquanto, evitam os outros favoritos.