A deputada socialista destacou ao “Observador” que se vive na Plenário da República aquilo que designa “quotidiano infernal, ingerível” e que os insultos que se trocam no Parlamento são “de se permanecer com os ouvidos verdadeiramente afetados e uma ofensa e uma injúria permanente”.
Isabel Moreira, deputada do PS, denunciou esta terça-feira, em entrevista à Rádio Observador, a existência de insultos misóginos e racistas provenientes dos seus colegas do grupo parlamentar do Chega.
“Quando estamos a passar nos corredores da Plenário da República ou nos corredores do hemiciclo para falar, eu já ouvi coisas uma vez que vaca, mugidos ou nomes que normalmente se chamam a deputadas que são assumidamente lésbicas”, revela Isabel Moreira.
A propósito do debate em torno da liberdade de sentença, relativamente ao incidente em José Pedro Aguiar Branco recusou-se a repreender o oração de André Ventura (pela frase em que insinuou que os turcos não eram trabalhadores), a parlamentar referiu no “Observador” que os insultos são recorrentes na Plenário da República.
A deputada socialista realçou ainda que já ouviu insultos relacionados com a orientação sexual de deputados e sublinhou que ouviu um deputado do Chega a expressar “boa noite” ao meio-dia dirigido a uma deputada negra.
Isabel Moreira destacou que se vive na Plenário da República aquilo que designa “quotidiano infernal, ingerível” e que os insultos que se trocam no Parlamento são “de se permanecer com os ouvidos verdadeiramente afetados e uma ofensa e uma injúria permanente”.