Isaquias Queiroz se classifica à semifinal do C1 1000m da canoagem de velocidade e já troca a chave para a disputa do C2 500m #ÚltimasNotícias #Portugal

Como os dois primeiros colocados passariam direto para as semifinais, Isaquias começou a prova brigando pela primeira posição, mas da metade para o final da competição se poupou e diminuiu o ritmo. O brasileiro terminou com o tempo de 3min53s94, três segundos a mais que o tempo do rival da República Tcheca, e o último colocado em relação aos 10 classificados diretamente para a próxima fase.

— Eu saí forte, na verdade, e a prova no começo foi um pouco forte. Eu queria impor esse ritmo até para fazer os adversários desistirem logo no meio da prova. Então nos 500 metros eu e o Martin Fuksa estávamos juntos ainda e dali para frente dei uma aliviada até porque tenho que descansar um pouco. Não (estou preocupado com o tempo), o tempo a gente sabe qual que posso fazer. Na Copa do Mundo fiz 3min45s, mas como não é por tempo, a gente não se preocupou muito com isso não, nosso objetivo é descansar o máximo possível — disse Isaquias Queiroz.

As semifinais e finais serão disputadas na próxima sexta-feira, a partir das 6h30. Antes do C1 1000, no entanto, Isaquias busca a primeira medalha nesta quinta-feira, no C2 500m, ao lado de Jack Goldmann. Eles disputam as semifinais às 6h20, tendo como principais rivais na bateria as duplas de Hungria e Espanha. Os quatro melhores tempos se classificam à decisão às 8h30.

Estreante em Paris-2024, a prova do C2 500m deu lugar ao C2 1000, na qual Isaquias ganhou medalha de prata ao lado de Erlon de Souza Silva.

Por isso, logo após as eliminatórias, Isaquias teve que “trocar a chave” para a prova em dupla. Meia hora depois de obter a classificação, ele voltou ao barco do C2 500m para treinar com Goldmann. Explicou que mais do que o cansaço de competir de forma consecutiva a mudança de técnica é o mais difícil.

— Vamos fazer alguns ajustes finais exatamente para amanhã (quinta-feira). Vamos modificar alguma coisa em relação à minha posição e à do Jack para fazer o barco navegar melhor. Vamos para a água para encaixar remada de novo. Eu tenho que sair do C2, remar C1, encaixar a remada, e para o dia seguinte remar o C2. São provas diferentes, que exigem técnicas diferentes, exigem um jeito de remar diferente. Não é só o cansaço, tem que encaixar a remada. Não é só você sair remando igual se rema no barco individual. Assim seria muito fácil — explica o canoísta.

Nas baterias seguintes, outros concorrentes de Isaquias conseguiram a classificação direta. O romeno Catalin Chirila, que fez o melhor tempo das baterias — batendo, inclusive, o recorde olímpico com 3m44s75— e o bicampeão olímpico, amigo e rival do brasileiro, o alemão Sebastian Brendel.

O outro brasileiro na competição, Mateus Nunes, terminou a sua bateria, também na manhã desta quarta-feira, em terceiro, com 3min52s60, e avançou às quartas de final. Porém, na eliminatória, ele acabou terminando em último, com 4min08s50, e deu adeus aos Jogos Olímpicos.

Como principais concorrentes, Isaquias terá o polonês Wiktor Glazunow, atual líder do ranking mundial, o tcheco Martin Fuksa, campeão mundial em 2023, Catalin Chirila, da Romênia, e o alemão Sebastian Brendel, bicampeão olímpico (Londres-2012 e Rio -2016). Já na disputa do C2 500m, Isaquias e Jacky terão pela frente as duplas da Itália, Polônia, Alemanha, República Popular da China, Espanha e Hungria como maiores rivais.

Antes das eliminatórias do C1 1000m, foi disputado no parque náutico as classificatórias do K1 1000m masculino e K1 500m feminino da canoagem velocidade e os dois brasileiros passaram para as quartas de final. Ana Paula Vergutz finalizou a prova em 1min54s98, e enquanto Vagner Souta fez sua bateria em 3min46s17. Os dois voltam ao mar nesta quarta-feira.