Março 19, 2025
Israel atribui incêndio em Rafah a explosão de munições do Hamas – Observador

Israel atribui incêndio em Rafah a explosão de munições do Hamas – Observador

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O Tropa israelita atribuiu esta terça-feira o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Tal al-Sultan, no oeste de Rafahà explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.

“Foi um incidente devastador que não esperávamos que acontecesse. O nosso Tropa lançou 17 quilos de explosivos, a quantidade mínima que os nossos aviões de combate podem lançar. As nossas munições, por si sós, não podem ter causado aquele incêndio devastador”, declarou o porta-voz do Tropa de Israel, Daniel Hagari, que insistiu que a investigação ainda não está concluída.

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O ataque israelita, ocorrido no domingo à noite e cujos alvos eram alegadamente dois altos responsáveis do Hamas, foi réprobo pela maior secção da comunidade internacional e classificado por Israel porquê “um trágico acidente”, que se deu apesar de “todas as precauções tomadas para evitar danos à população social não-envolvida e usando a quantidade mínima de explosivos”.

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“Foi uma das noites mais duras e terríveis desde que começou a ofensiva a Rafah”, disse um deslocado em Tal al-Sultan, citado pela filial de notícias espanhola EFE.

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Durante a madrugada, a artilharia israelita também efetuou disparos perto dos armazéns da UNRWA (Escritório das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) no meio de Rafah, matando sete pessoas e ferindo 15, segundo fontes médicas palestinianas.

Aliás, mais 13 habitantes da Filete de Gaza foram mortos horas depois noutro bombardeioàs portas do hospital de campanha norte-americano entre Rafah e Khan Yunis, no sul daquele território palestiniano há oito meses palco de uma guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ali se encontra no poder desde 2007.

A artilharia atacou com intensidade e sem aviso prévio esta e outras zonas alegadamente segurasde onde Israel não tinha ordenado a retirada da população social, tendo os respetivos tanques já entrado no meio da cidade de Rafah.

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O Governo da Filete de Gaza anunciou que, nas últimas 48 horas, pelo menos 72 pessoas deslocadas foram mortas em bombardeamentos de Israel a acampamentos de tendas improvisadas nos bairros do oeste de Rafah, até agora considerados seguros.

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Os ocupantes têm a intenção deliberada de continuar a cometer mais massacres contra civis e deslocados que fugiram ao horror dos assassínios e ataques, o que confirma a sua insistência no genocídio premeditado e deliberadonuma clara mensagem de repto aos tribunais penais internacionais”, declarou o Governo de Gaza num expedido.

Israel iniciou a sua operação militar em Rafah a 6 de maio e, desde logo, mais de um milhão de pessoas fugiram da cidade, que até logo albergava tapume de 1,4 milhões de deslocados.

A comunidade internacional apelou a Israel para que não invadisse a cidade, para evitar uma catástrofe humanitária, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que era forçoso para lucrar a guerra, uma vez que quatro batalhões do Hamas ali permaneciam entrincheirados.

A pedido da Argélia, o Parecer de Segurança da ONU convocou esta terça-feira uma reunião de emergência para abordar a ofensiva a Rafahna sequência do ataque de domingo, e o Hamas instou o órgão executivo das Nações Unidas a tomar “medidas imediatas”.

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“A comunidade internacional e o Parecer de Segurança devem atuar de forma urgente e enérgica para pôr termo a estas violações flagrantes do Recta Internacional e para proteger os civis indefesos”, declarou o movimento islamita palestiniano.

Israel declarou a 7 de outubro do ano pretérito uma guerra na Filete de Gaza para “erradicar” o Hamas depois de oriente, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.

Classificado porquê organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também 252 reféns, 124 dos quais permanecem em cativeiro e 37 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Tropa israelita.

A guerra, que entrou esta terça-feira no 235.º dia e continua a ameaçar grassar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Filete de Gaza mais de 36.000 mortos e de 81.000 feridos e tapume de 10.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de harmonia com números atualizados das autoridades locais.

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O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitáriacom mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de miséria catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais saliente alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança nutrir no mundo.

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