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Sinwar, que se crê ter sido o cérebro do ataque de 7 de outubro a Israel, tornou-se o líder do Hamas em Gaza depois de ter substituído Ismail Haniyeh na sequência do seu assassinato em Teerão, em agosto.
O ministro das Relações Exteriores israelense confirmou nesta quinta-feira que Yahya Sinwar foi morto em uma operação das forças israelenses em Gaza. O Hamas não confirmou imediatamente a morte de Sinwar, avança a AP.
O chefe da diplomacia israelita, Israel Katz, considerou o assassinato de Sinwar um “feito militar e moral para o exército israelita”.
“O assassinato de Sinwar criará a possibilidade de libertar imediatamente os reféns e de introduzir uma mudança que levará a uma nova realidade em Gaza – sem o Hamas e sem o controle iraniano”, declarou Katz em um comunicado.
As Forças de Defesa de Israel também informaram, em comunicado, que “depois de completo o processo de identificação do corpo, pode ser confirmado que Yahya Sinwar foi eliminado.
O primeiro-ministro israelense, em um comunicado emitido na televisão nacional, também anunciou a morte de Sinwar e disse que “o mal sofreu um duro golpe”, mas alertou que a “tarefa” de Israel ainda não está completa.
Ele descreveu a morte do líder do Hamas como o “princípio do fim” e garantiu que Israel continuará trabalhando até o fim da guerra. Aos cidadãos, Netanyahu disse que ainda há “muitos desafios a enfrentar” mas ressaltou que é preciso manter a resiliência e “continuar lutando”.
“Não vamos parar a guerra”, ressaltou. Às famílias dos reféns, ele garantiu que as forças israelenses continuarão “com força total” até que eles voltem para casa.
“Às caras famílias dos reféns, eu digo: este é um momento importante na guerra. Continuaremos com força total até que todos os seus entes queridos, nossos entes queridos, estejam em casa”, reiterou.
O presidente dos Estados Unidos também já reagiu à morte de Sinwar, dizendo que esta quinta-feira foi um “dia de alívio”, comparando-o com o momento em que Obama deu a ordem para matar Bin Laden. Biden disse ainda que a morte do líder do Hamas pode ser uma “oportunidade” para Gaza.
No início da tarde desta quinta-feira, as forças israelenses haviam informado que o líder do Hamas fora “muito provavelmente” morto depois que o exército enfrentou e matou três militantes durante operações terrestres em Gaza, na quinta-feira, afirmaram as Forças de Defesa de Israel em declaração conjunta com o Shin Bet.
De acordo com um comunicado divulgado à imprensa nacional, foram encontrados dinheiro, documentos e armas nos corpos dos militantes.
O exército israelense recuperou os corpos para realizar um teste de DNA. Israel tinha em arquivo o DNA e os dados biométricos de Sinwar desde sua passagem por uma prisão israelense.
As unidades que enfrentaram os três militantes não estavam participando de uma operação de homicídio e não tinham conhecimento da presença de Sinwar no local.
“No prédio onde os terroristas foram eliminados, não havia sinais da presença de reféns na área”, acrescenta o comunicado das forças israelitas.
A operação teve lugar na cidade de Rafah, em Gaza, informou a rádio militar israelita.
“Carniceiro de Khan Yunis”
Sinwar, uma figura discreta que liderava a linha dura do Hamas e era próximo do Irão, foi um dos principais arquitetos do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
Esteve no topo da lista de alvos a abater por Israel após o ataque, que causou a morte de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns.
Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Yunis, em Gaza. Como membro inicial do Hamas – formado em 1987 – ele foi responsável pelo ramo de segurança do grupo militante, conhecido por sua crueldade contra suspeitos de espionar para Israel, o que lhe rendeu o apelido de “Açougueiro de Khan Yunis”.
Depois de ter passado metade da sua vida adulta em prisões israelitas, Sinwar subiu gradualmente ao poder na organização desde a sua libertação em 2011.
Foi escolhido como líder máximo do grupo após o assassinato de Ismael Haniyeh, em julho, num aparente ataque israelita em Teerão, capital do Irão.
Ao contrário de Haniyeh, que viveu exilado no Qatar durante anos, Sinwar permaneceu em Gaza. Como líder do Hamas no território desde 2017, raramente aparecia em público, mas mantinha um controlo férreo.
No mês passado, pessoas próximas a ele disseram à Reuters que Sinwar não se arrependeu dos ataques de 7 de outubro e da consequente ofensiva israelense em Gaza.
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