O CEO é o limite
Passou pela Goldman Sachs, McKinsey, Google e Apple e em todas elas foi registando, num pequeno caderno de bolso, boas e más lições de liderança. Um processo de construção pessoal e profissional que o ajudou a tentar tornar-se no líder que sonhou ter. João Nielsen Sebastian, presidente da Hasbro nas regiões da Europa, Médio Oriente e África, América Latina e Ásia Pacífico, é o convidado deste incidente do podcast “O CEO é o limite”
São poucos os portugueses que aos 43 anos ostentam no currículo cargos de relevo e liderança estratégica em empresas porquê a Goldman Sachs, McKinsey, Google e Apple. João Nielsen Sebastian, atual presidente da Hasbro nas regiões da Europa, Médio Oriente e África, América Latina e Ásia Pacífico, alcançou o feito, sem pressas, porquê gosta de vincar.
“Meio português, meio espanhol”, formado em escolas portuguesas e licenciado em Gestão na Católica, admite que sempre soube que “queria liderar pessoas”. Uma legado que levou consigo pela vida desde os tempos de desportista. “Quando alguém se habitua a jogar em equipa, nunca pensa em estar sozinho”, sublinha.
João Nielsen Sebastian, presidente da Hasbro para a região EMEA, LATAM & Ásia Pacífico, durante a gravação do podcast “O CEO é o limite”
Matilde Fieschi
É também esse foco no todo, e nunca só na secção, que leva João a priorizar os valores às competências. “Consigo trabalhar com pessoas que não sejam tão boas tecnicamente e torná-las melhores. Mas tenho muita dificuldade em trabalhar com pessoas que não têm os valores certos e que e que não atuam porquê uma equipa, nem fazem os outros melhores”, diz.
Na sua atual função na Hasbro, João Sebastian lidera a empresa em 28 mercados, gerindo uma equipa multicultural de mais de 2500 profissionais. Da liderança tem uma visão muito prática e realista: “não há líderes extraordinários, nem ótimos todos os dias” e “aprende-se tanto com os bons porquê com os maus”.
Quando se lidera “muitas pessoas e negócios grandes”, diz, “nunca sabemos o que o próximo dia vai ser. Portanto, o importante é sermos seres humanos equilibrados, com a cabeça no sítio evidente para reagir às coisas que vêm na nossa direção.”
Porque, em última estudo, aponta João Nielsen Sebastian, “quando há um ‘queimação’ (e nunca sabemos quando nem qual vai ser), não é a pessoa mais inteligente, nem a que faz o melhor excel que vai resolver. É a pessoa que está no ponto mais firme para conseguir tomar as melhores decisões, com a informação que se tem. Nem sempre são as decisões certas, mas são as melhores decisões”.
Cátia Mateus podcast O CEO é o limite
O CEO é o limite é o podcast de liderança e curso do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, porquê começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o pretérito, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o horizonte. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer intercorrer. Ouça outros episódios: