Março 21, 2025
José Pinto morre aos 95 anos: um ator de longa curso que deixou o trabalho porquê eletrotécnico para abraçar a arte

José Pinto morre aos 95 anos: um ator de longa curso que deixou o trabalho porquê eletrotécnico para abraçar a arte

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O ator José Pinto morreu, aos 95 anos de idade, confirmou à Lusa o diretor do Teatro Experimental do Porto (TEP), companhia da qual era sócio honorário.

O diretor do TEP, Gonçalo Amorim, lamentou a morte do ator, que “deve ter sido dos atores que mais espetáculos fizeram no TEP”, sublinhando que é um momento de luto para a companhia.

Na página do ator no Facebook foi publicada hoje uma mensagem a dar conta da sua morte: “É com grande tarar que anunciamos a morte do nosso José Pinto, tendo falecido calmamente em sua morada na noite passada. Aproveitemos nascente momento não unicamente para lamentar esta triste notícia, porquê para festejar a vida e obra de um Varão que sempre encontrou dar o melhor de si aos outros, seja através do pequeno ou grande ecrã, teatro ou rostro a rostro com aqueles que lhe foram mais próximos.”

O corpo de José Pinto está desde hoje em câmara ardente na Igreja do Candal, em Vila Novidade de Gaia, no província do Porto, tendo o funeral marcado para sábado às 10h00, no mesmo lugar.

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Mais de seis décadas de curso no teatro, cinema e televisão

José Pinto iniciou uma curso artística em grupos de amadores, tendo trabalhado no Grupo do Sporting Candalense entre 1959 e 1967. No ano seguinte junta-se ao TEP, de conformidade com a ficha disponível na base de dados do Núcleo de Estudos de Teatro (CET). ).

O primeiro espetáculo do TEP em que participa, segundo a mesma lista, é “Gorgónio”, de Tulio Pinelli, logo em 1962, enquanto namorado, constando do elenco de várias peças durante a dezena de 1960, porquê “O Auto da Psique”, de Gil Vicente, e “O Tio Simplício”, de Almeida Garrett.

A sua relação ao TEP, entretanto reforçada, estende-se por peças de peças nas décadas seguintes: de “Bodas de Sangue”, de Lorca, em 1970, e “A Lar de Bernarda Alba”, do mesmo responsável espanhol, dois anos depois , a “Vítimas do Responsabilidade”, de Ionesco, ainda antes do 25 de Abril, e “Woyzeck”, de Büchner, em março de 1974.

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De conformidade com a lista do CET, a última produção do TEP em que participa é “É uma só a liberdade”, de Norberto Barroca e Manuel Dias, em 1999, no bicentenário de Almeida Garrett, tendo já nascente século feito segmento de produções do Teatro Pátrio São João e do Teatro do Bolhão, a última das quais em 2016.

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O Memorial do Cinema Português, de Jorge Leitão Ramos, lembra que a vontade de ser ator “só muito tarde” se exprimiu na vida de José Pinto.

“Aconteceu em 1962 quando, namorado, integrou o elenco de ‘Gorgónio’, de Tulio Pinelli, dirigido por Paulo Renato, no TEP. Mas foi uma experiência sem devir imediatamente. Era-lhe impensável desabitar a atividade profissional porquê eletrotécnica para abraçar a proeza do teatro. Todavia, em 1967, o TEP volta a convidá-lo — para ‘O Mistério da Fábrica de Chocolates’, de José António Ribeiro (enc. Fernanda Alves) — e José Pinto começa a pensar que talvez seja provável conciliar as duas atividades “, pode ler-se na ingressão sobre o ator.

Em 1993, já com mais de 60 anos, Manoel de Oliveira convida-o para “Vale Abraão” (filme que hoje encerra as comemorações do sétimo natalício do Cinema Trindade, no Porto), o que faz com que “aquele ator modesto e de liberdade limitada confinada ao Porto [seja] catapultado para uma audiência pátrio e internacional”, porquê escreve Jorge Leitão Ramos.

“O primeiro resultado disso é, no ano seguinte, o invitação de Luis Miguel Cintra para vir a Lisboa integrar o elenco de ‘O Raconto de Inverno’, de William Shakespeare, que a Cornucópia levou à cena no Teatro da Trindade. Mas os anos 1990 será sobretudo a asserção de José Pinto porquê ator de cinema”, acrescentou o mesmo responsável sobre o profissional que entrou em filmes porquê “Jaime”, de António-Pedro Vasconcelos, “Peixe Lua”, de José Álvaro Morais, “O Delfim” , de Fernando Lopes, e “Coisa Ruim”, de Tiago Guedes e Frederico Serra, entre muitos outros.

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O ator ainda fez curso na televisão, em produções porquê as séries “Os Malucos do Riso”, “Inspetor Max”, “Conta-me Porquê Foi” e “Capitão Falcão” e as novelas “Santa Bárbara”, “Mulheres”, “ Dancin’ Days” e “Perfeito Coração”, entre muitas outras.

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