Abril 22, 2025
Judoca Bárbara Timo e as exigências da alta competição: “O desporto olímpico não é saudável” – Jogos Olímpicos
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A judoca Bárbara Timo admitiu hoje que ser atleta olímpico “não é saudável”, lembrando a exigência e as privações, afirmação corroborada pelos atletas paralímpicos Miguel Vieira e Miguel Monteiro.

“O esporte olímpico não é saudável e, talvez, eu não deveria dizer isso, porque vai desmotivar muitas crianças e jovens, mas não é saudável e isso vai ter um custo”, assumiu Bárbara Timo.

A judoca falava hoje no segundo congresso S4 (Safety, Security, Service at Sports Events), organizado pela Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), que decorre até quinta-feira.

No painel sobre “Espírito Olímpico: valores que vão além do pódio” participaram a judoca olímpica Bárbara Timo, e os atletas paralímpicos Miguel Vieira (judo) e Miguel Monteiro (lançamento do peso).

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A afirmação foi corroborada por Miguel Vieira e Miguel Monteiro que, ao lado dos treinos diários, têm sua vida profissional: Miguel Vieira nos recursos humanos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Miguel Monteiro que viveu a fase final de engenharia industrial a três meses de participar em Paris2024.

Em uma conversa de 45 minutos, com histórias de vida e esportes, os três atletas admitiram que “a resiliência, a flexibilidade e a adaptabilidade de um camaleão” estão na base de suas vidas.

Bárbara Timo reconheceu que “atleta tem que ser de carne e de ferro, mas é preciso saber quando é de carne e quando é de ferro”, explicando que precisou de uma “equipe multidisciplinar” para acompanhá-la.

“O treinador, o psicólogo, o nutricionista, porque eu peso 70 quilos e me desafiei a competir na categoria -63 kg e isso me obrigou a treinar e competir com fome”, reconheceu.

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Miguel Vieira contou que, ao longo da vida acadêmica, decidiu ir a uma festa, mas que essa foi a única vez.

“Do segurança na porta, aos colegas dentro da festa”, todos lhe perguntaram o que estava fazendo ali, já que era “um atleta olímpico, não podia estar ali, nem beber”.

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Já Miguel Monteiro, campeão paralímpico do arremesso de peso F40 nos Jogos Paris2024, explicou que passava os fins de semana em Mangualde treinando, além dos treinos diários que cumpria em Aveiro, onde estudava.

Miguel Vieira, que foi operado há 15 dias no ombro direito, revelou que nos Jogos Paralímpicos de Paris “já estava lesionado” e que foi isso que quis dizer quando assumiu na capital francesa que “não estava bem”.

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“Mas não pude dizer nada na altura, porque isso ia influenciar negativamente a minha seleção e eu não podia fazer isso, então não partilhei. Ainda por cima, eu era o capitão da seleção, então fiquei em silêncio”, admitiu.

Um silêncio que Bárbara Timo ressaltou para reforçar suas palavras de que “ser atleta olímpico não é saudável, porque guardar esse tipo de informação tem que mexer muito com as emoções de uma pessoa”.

“Não fui para Paris para competir, fui para disputar medalhas. Ter ficado logo ali [eliminada no primeiro combate] foi muito complicado. Não sei reagir a uma derrota, só sei reagir após uma derrota e depois desse luto”, admitiu Timo.

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