O ex-Presidente da República, Lasca Silva, apelou esta terça-feira, 21 de Fevereiro, a uma “mudança política” protagonizada pela Associação Democrática (AD), no lançamento de um livro onde esteve ao lado de Luís Montenegro, Pinto Balsemão e Manuela Ferreira Leite.
“O que tenho dito e volto a repetir é que o país precisa de uma mudança política que traga uma novidade esperança, novas condições de vida e melhor horizonte, em privado para os nossos jovens, e espero que isso seja protagonizado pela AD”, afirmou o idoso líder do PSD, que foi primeiro-ministro entre 1985 e 1995.
Já o idoso primeiro-ministro e militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, viu o debate e, se alguém lhe tivesse pedido para dar notas, teria atribuído a vitória a Luís Montenegro. “Acho que foi mais incisivo, sabe mais da material, está mais prestes em termos concretos”, afirmou, manifestando-se disponível para continuar a concordar a AD até às legislativas antecipadas de 10 de março.
No lançamento do livro 40 Anos do Instituto Francisco Sá Carneiro, da autoria da jornalista Joana Reis, da Alêtheia Editores, que decorreu no Grémio Literário, em Lisboa marcou, presença outra ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, e outras figuras destacadas do partido uma vez que Leonor Venustidade, Assunção Esteves ou Carlos Carreiras.
Na sua mediação, o presidente do PSD e líder da AD (coligação que, tal uma vez que a primeira dos anos 80 liderada por Sá Carneiro, junta PSD, CDS-PP e PPM) destacou a influência do trabalho do Instituto no trabalho de aprofundamento do conhecimento . “Para resolver muito convém não ser imponderado, convém não ser repentista”, afirmou, em tom irónico, numa referência implícita ao seu opoente Pedro Nuno Santos.
Montenegro defendeu a qualificação das listas de candidatos a deputados da AD, considerando que esse “é o maior compromisso da qualificação” que pretende levar para o Governo e todos os órgãos da gestão pública, se vencer as eleições, sem olhar unicamente as escolhas partidárias.
“A desqualificação da ação política infelizmente foi uma marca dos últimos anos e as perspectivas não são risonhas. Nós estamos a fazer à Sá Carneiro, nós estamos a contrariar a manante, nós estamos a assumir o pensão de fazer dissemelhante, de fazer a diferença”, afirmou. O líder social-democrata arriscou proferir que, se o fundador do PSD Francisco Sá Carneiro fosse vivo, “o seu maior duelo, o seu maior tenção seria dar aos jovens portugueses uma perspectiva de que não precisam de trespassar de Portugal para conseguirem entender os seus sonhos”.
“Aquilo que hoje mais me move é olhar para as novas gerações e não permanecer a contemplar as suas qualificações”, afirmou, garantindo que tentará transmitir nos próximos 19 dias de campanha eleitoral que é esta sua principal motivação.
Fonte
Compartilhe: