Março 19, 2025
Lisboa: A cruz de Cristo revela o «apego de Deus à humanidade»

Lisboa: A cruz de Cristo revela o «apego de Deus à humanidade»

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D. Rui Valério presidiu à celebração da Paixão, afirmando que zero “desarma tanto” porquê a paixão e morte de Jesus

Lisboa, 29 mar 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou hoje homilia da celebração da Paixão do Senhor que a morte de Cristo na cruz é revelada de quem é Deus e de uma proposta para o ser humano.

“Na cruz, revela-se nascente apego de Deus à humanidade, a cada um de nós, nascente paixão indizível que se estende até à loucura de não desistir de nós, filhos pródigos, alienados e vendidos aos deuses do individualismo interesseiro”, disse D .Rui Valério.

Na celebração que evoca a morte de Cristo na Cruz, o patriarca de Lisboa lembrou que zero “desarma tanto” porquê a paixão e morte de Jesus, desarma das “autodefesas” e purifica “dos impulsos de violência”.

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“Na sua presença, as lanças e as espadas do coração transformam-se, realmente, em forças de solidariedade e em arados de justiça. Emerja um Deus do silêncio, que não se lamenta, mas também não ordena que do firmamento caia um queimada exterminador”, indicou.

D. Riu Valério disse que a morte de Cristo numa cruz é revelada de “um Deus que não agride, nem ofende… pura gratuidade de paixão, porque, mesmo que da humanidade, a quem se dá totalmente, só receba desdém e indiferença, não pare de lhe oferecer a sua vida”.

“Cristo realizou uma ação livre, de franqueza, de desabrigo incondicional. E tudo aconteceu na morte de Cruz, num gesto de entrega, de paixão, que transformou o desespero em coragem, a cobardia em desinteresse, o tédio em orientação amorosa. A Cruz é o lugar da nossa resgate e, por isso, da nossa recriação”.

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O patriarca de Lisboa a cruz de Cristo é “força de vida e esperança”, libertação das “amarras aterrorizadoras que o prendiam, por justificação do vício”, revelação de que,

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para o ser humano, “só o caminho da doação de si, a opção de ser dom e sacrifícios para os outros, porquê Ele, é a estrada da verdadeira vida, é o trajeto por meio do qual se pode depreender a plenitude”.

“A cruz de Cristo, envolta em mistério, revela-nos a totalidade solidariedade de Deus com a quesito humana votada à morte e, em simultâneo, revela-nos também que a morte não é a última vocábulo sobre a existência humana. Deus ama-nos e, referto de pesar, morre connosco para connosco ressuscitar para a sua plenitude”, afirmou.

D. Rui Valério indicou que a cruz é portadora da luz que permite “olhar de frente para as sombras da existência, para ver na sua negrume uma força germinal”.

“Assim porquê, a semente, ao ser lançado, penetra nas trevas da terreno, para fertilizar muitos frutos, também a tua cruz é nascente de novidade vida”, concluiu o patriarca de Lisboa.

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A celebração da Paixão do Senhor é celebrada em sexta-feira, Santa, um dois dias do ano, a par do Sábado Santo, em que não é celebrada a Eucaristia.

RP

Lisboa: Homilia de D. Rui Valério na celebração da Paixão do Senhor

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