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Incêndios em Portugal
Entrevista SIC Notícias
O presidente da Associação Nacional de Ambiente defende ser necessário apurar o que causou a ignição, acrescentando que o incêndio não começou por “causas naturais”. Paulo Pimenta de Castro lamenta que se “ande sempre a correr atrás do prejuízo”, afirmando que, na Madeira, é recorrente haver incêndios violentos.
Na antena da SIC Notícias, Paulo Pimenta de Castro, presidente da Associação Nacional de Ambiente, alerta que a área ardida na Madeira corresponde já a mais de metade da cidade de Lisboa e que levará “muitos anos a recuperar”.
“É uma destruição elevadíssima” e que terá impacto também nas espécies endémicas que lá habitam, sobretudo no morcego da Madeira, já em risco, aponta o especialista.
“Estamos a falar de um património único, que é classificado pela UNESCO, com espécies endémicas. Há uma responsabilidade acrescida por parte das autoridades políticas. (…) Algumas espécies recuperaram porque a natureza tem capacidade de se auto regenerar, mas causa-nos alguma preocupação o morcego da Madeira, até porque tem grande impacto no combate de pragas e doenças”, explica Paulo Pimenta de Castro.
Apurar responsabilidade: o que causou o fogo?
O presidente da Associação Nacional de Ambiente defende ser necessário apurar o que causou a ignição, acrescentando que o incêndio não começou por “causas naturais”. Mais. Diz mesmo que é preciso perceber se foram tomadas medidas de defesa da floresta e se estas são ou não adequadas.
“Estamos hoje numa situação de ventos mais forte, ondas de calor mais frequentes, períodos de chuva mais intensos. Temos que adequar planos de intervenção a esta nova realidade”, sublinha.
Paulo Pimenta de Castro lamenta que se “ande sempre a correr atrás do prejuízo”afirmando que, na Madeira, é recorrente haver incêndios “bastante virulentos”.
“É preciso avaliar se os meios são adequados a combate a incêndios no maciço montanhoso. Estamos numa situação recorrente no caso da Madeira de incêndios bastante virulentos. Andamos sempre a correr atrás do prejuízo, é preciso saber se o planeamento é correto. O combate é a última linha”, diz.
PJ está a investigar
A Polícia Judiciária está a investigar “desde o início” a origem do incêndio florestal que deflagrou na quarta-feira no concelho da Ribeira Brava, na Madeira, e se propagou para outros municípios.
Até domingo, um total de 160 pessoas tiveram de ser retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo ventoagora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de feridos ou de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo postomas as causas ainda não foram divulgadas.
O que preocupa
Esta tarde, há um novo foco de incêndiolocalizado no Curral das Freiras.
Neste ponto estão ativas duas frentesna Encumeada e no Paul da Serra. No concelho de Câmara de Lobos mantém-se a vigilância permanente para evitar reativações.
A repórter da SIC, que está na Madeira, conta que, neste momento, a situação mais preocupante é no planalto Paul da Serra, que faz parte da Calheta e da Ponta do sol.
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