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UM Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea vai levar obras dos artistas portugueses Mónica de Miranda e Tiago Casanova, e ainda os alemães Jessica Backhaus e Roland Fischer, assim como da francesa Marguerite Bornhauser.
No Grand Palais, onde acontecerá a Paris Photo, com 240 exibidores, a Galeria Carlos Carvalho apresentará fotografias que fazem parte do projeto “Greenhouse”, em exposição no Pavilhão de Portugal na Bienal Internacional de Arte de Veneza até 24 de novembro deste ano .
Esse projeto destaca “o solo como elemento transversal que carrega não só as memórias das transformações geomorfológicas, mas também as violências dos impérios, dos vestígios de quem por ele passou, assim como as histórias de resistência, integração e diferença”, lembra a galeria em um texto sobre a obra de Mónica de Miranda, artista nascida no Porto, em 1976.
Expondo a conexão entre regeneração dos solos e a luta de libertação, a série é inspirada no compromisso do ativista Amílcar Cabral para com a proteção do meio ambiente e a luta pela independência política das colónias africanas.
Do artista Tiago Casanova, nascido no Funchal, em 1988, irá uma produção que assinala os 50 anos da independência de São Tomé e Príncipe, intitulada “A Turtle with a Broken Back”, ensaio fotográfico que retrata as comunidades e o território destas ilhas diante dos desafios da escassez de recursos e da mudança climática.
Cada fotografia neste projeto “é uma testemunha da complexa dinâmica das economias domésticas locais, onde a sobrevivência cotidiana está ligada às consequências históricas do passado colonial, e aos novos desafios que o crescimento do turismo impõe”, diz o texto.
Outros artistas — estrangeiros, de várias gerações – que a galeria reuniu no seu projeto para apresentar no certame, em Paris, são Jessica Backhaus, nascida em Cuxhaven, Alemanha, em 1970, Roland Fischer, do mesmo país, natural de Saarbrücken, onde nasceu em 1958, e, de França, nascida em Paris, em 1989, Marguerite Bornhauser.
Nesta 27ª edição, também participam outras duas galerias de Lisboa, como a Ártemis, com obras da artista eslovena Evelyn Bencicova, nascida em Bratislava, em 1992.
“Evelyn Bencicova constrói cenários narrativos convincentes que esbatem as linhas entre a realidade, a memória e a imaginação ficções baseadas na verdade”, descreve um texto da galeria. Descrevendo representações multifacetadas como ilusões, Bencicova joga com a perceção do espectador “para o atrair para o labirinto da sua própria imaginação”.
Já a galeria Monitor, levará obras da pintora italiana Elisa Montessori, nascida em 1931, que vive e desenvolve o seu trabalho em Roma.
A artista mantém uma relação entre pintura, desenho, literatura e poesia de modo coexistente, explorando as influências de duas esferas: “a fecundidade cultural do Ocidente e o simbolismo enigmático do Oriente”.
O salão internacional dedicado à fotografia abriga anualmente no Grand Palais galerias, editoras, fotógrafos e colecionadores, em um programa com várias seções, como a principal, a de projetos solo, estendendo-se ainda à apresentação de publicações e plataformas de fotografia, junto com de um programa paralelo de conversas.
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