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Na pergunta, que o partido vai entregar no parlamento, o BE informa ter tido acesso a uma nota informativa enviada ao Governo português pelo movimento BDS (que defende o boicote, desinvestimento e sanções a Israel) a respeito da utilização do porto de Lisboa pelo navio NYSTED MAERSK, hoje à noite.
“Este navio é um dos envolvidos em um esquema dissimulado de abastecimento de material militar norte-americano a Israel que, durante meses, transportou cargas ilegais desta natureza para o porto espanhol de Algeciras, onde o armamento era descarregado para depois ser levado a Israel em outros navios “, diz o BE, dizendo que o navio em questão tem executado “em permanência a rota Algeciras — Israel”.
Segundo o Bloco, na semana passada, o Governo espanhol proibiu a utilização do porto de Algeciras por outro dos navios “integrados neste esquema, o MAERSK DENVER, vindo dos Estados Unidos da América e agora estacionado em Tânger, Marrocos”.
Segundo as informações do partido, o navio que passará hoje por Portugal teria “chegada prevista a Algeciras no dia 9 de novembro (plausivelmente para receber a carga do MAERSK DENVER para reconduzi-la a Israel)”, mas “foi reorientado também para Tânger”.
“Nesse trajeto, passará por Lisboa, onde deverá atracar às 22h de hoje. Esses fatos indicam fortemente a continuação do envolvimento do NYSTED MAERSK no esquema de abastecimento ilegal de material militar a Israel”, considera o Bloco.
Na pergunta dirigida ao parlamento, o partido questiona o Governo português se vai “permitir o uso do porto de Lisboa por um navio cuja missão é manter um esquema ilegal de abastecimento de armas destinadas ao exército genocida de Israel?”.
O BE defende que o respeito a uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovada em 13 de setembro, e com o voto de Portugal, obriga o governo a “tomar iniciativas no sentido de interromper a provisão de armas, munições e material relacionado a Israel, a potência ocupante”.
Para o Bloco, essa resolução “obriga a proibição do uso do porto de Lisboa pelo NYSTED MAERSK no âmbito do esquema de dissimulação do transporte de armas dos Estados Unidos da América para Israel”.
Além disso, dizem os bloquistas, na sequência das diligências em outubro com vista à retirada do pavilhão português de um navio com material explosivo para Israel, o primeiro-ministro “garantiu no parlamento que o Governo português não autorizaria a utilização das infraestruturas e dos espaços aéreo e marítimo portugueses para a execução de rotas de abastecimento de armas a Israel”.
A Lusa contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que remeteu o tema para o Ministério da Economia que, por sua vez, indicou que a gestão portuária está com o Ministério das Infraestruturas, aguardando esclarecimentos por parte do Governo.
SMA // FPA
Lusa/fim
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