Bolsas fecham semana no ‘verde’ após corte nos juros. Lisboa em contraciclo #ÚltimasNotícias #lisboa

A bolsa de Lisboa encerrou a semana negociando em terreno negativo, penalizada sobretudo pela Mota-Engil. A maioria das principais bolsas europeias seguiu o rumo oposto, impulsionadas pelos estímulos na China, ao mesmo tempo em que a empresa de tecnologia ASML recuperou uma parte das quedas que registrou durante a semana.

O índice PSI recuou 0,62% e ficou em 6.673 pontos na sessão de sexta-feira, com a Mota-Engil protagonizando a queda mais acentuada, na casa dos 2,27%, até 2,586 euros por ação. Seguiu-se a Galp perdendo 1,66% para 16,55 euros, enquanto a Jerónimo Martins derrapou 1,45%, até 16,95 euros. Na contramão, os papéis da Semapa foram os que mais se valorizaram, em 0,82%, até R$ 14,82.

Olhando para as praças mais importantes do Velho Continente, a tecnologia viveu um dia positivo. A gigante holandesa ASML, listada no Euro Stoxx 50, subiu 4,78%, no que foi uma recuperação em relação às sessões anteriores da última semana, em que chegou a totalizar uma queda de cerca de 20%, na esteira da apresentação dos resultados do terceiro trimestre na última quarta-feira, um dia antes do previsto.

A Prosus também faz parte do índice que reúne as 50 cotadas com maior capitalização de mercado do continente europeu e acompanhou o sentimento positivo. Os respetivos títulos subiram 2,18% no fecho da sessão de sexta-feira.

O luxo também terminou a semana com ganhos. Olhando para a bolsa de Paris (o grande palco europeu das empresas listadas no setor), foi possível observar avanços de 3,50% na Kering e 2,26% na Louis Vuitton.

Entre os índices europeus mais importantes, o Euro Stoxx 50 registrou avanço de 0,77% e liderou o sentimento. Mais atrás, houve altas de 0,45% na Itália, 0,39% na França, 0,33% na Alemanha e 0,16% na Espanha. O Reino Unido fugiu à regra, junto com Portugal, ao escorregar 0,34%.

Esta semana começa sem dados econômicos de grande relevo, embora que os mercados acompanhem atentamente o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, na terça-feira. A responsável pode levantar o véu sobre o que será a decisão decorrente da última reunião daquela instituição em 2024. Isso na esteira do corte de 25 pontos-base nas taxas de juros de referência, ocorrido na última quinta-feira.