Ciclovia Leste Ribeirinha já tem o último trecho concluído #ÚltimasNotícias #lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) inaugurou, nesta quinta-feira, 17 de outubro, o último trecho da Ciclovia Ribeirinha Oriental, que liga, de forma contínua, o Terreiro do Paço ao Parque Tejo/Trancão numa extensão de 12 quilômetros.

As freguesias de Marvila e Parque das Nações já estão unidas através de um percurso ciclável de 12 quilômetros. A prefeitura de Lisboa inaugurou, nesta quinta-feira, 17 de outubro, o último trecho de uma ciclovia que liga o Terreiro do Paço ao Parque Tejo/Trancão. Da mesma forma, também foi inaugurado o primeiro posto de bicicletas GIRA na freguesia de Marvila, que se torna a 22ª freguesia da cidade a ter acesso a essa forma de mobilidade suave. Segundo José António Videira, presidente da Junta de Marvila, ter “essa ciclovia ribeirinha é um grande orgulho e um grande privilégio. Era um desejo muito antigo e uma aspiração de todos os marvilenses e também era bastante importante e fundamental para a cidade de Lisboa ligar o Terreiro do Paço à parte mais oriental da cidade”.

Conexão entre a zona oriental e o centro da cidade

“Queria dizer a vocês que esses territórios, o Parque das Nações, Marvila e o centro da cidade estão agora conectados”, ressaltou o prefeito. “Evidentemente isso é um meio de transporte, de mobilidade suave, rápida, cômoda e que vem ao encontro do que são as ambições do futuro do planeta. Estamos dando às novas gerações um novo meio de se locomover e ter um olhar atento para o que são as mudanças climáticas”. José António Videira também agradeceu a Luís Gamboa, da Vic Properties, que está investindo na zona ribeirinha de Marvila, em especial com a revitalização do bairro da Matinha, e também à EMEL.

“Essas empresas como a EMEL, como outras que estão aqui também no território, são evidentemente um valor agregado pela sua competência técnica, pela sua proximidade. Eu queria deixar uma salvação muito especial para a administração e para todos os trabalhadores da EMEL que tiveram um desempenho excepcional aqui para que essa ciclovia se tornasse realidade”. “Muito obrigado à Câmara Municipal de Lisboa (CML) e ao seu presidente, com quem temos trabalhado com muito sentido de cooperação, respeito e solidariedade institucional para desenvolvermos as nossas freguesias e esta cidade de Lisboa”, concluiu José António Videira.

Construir mais ciclovias

Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, Carlos Ardisson, disse que “este trecho é há muito desejado pela comunidade do Parque das Nações, onde a rede GIRA começou. O Parque das Nações é um pequeno trecho para o Parque das Nações, mas é um grande salto para a rede oriental de ciclovias de Lisboa. É uma satisfação imensa ter finalmente a conexão completa, porque você chegava lá e acabava no final do Parque das Nações, e aí tinha um hiato aqui que não estava conectado. Continuamos tendo, no Parque das Nações, várias ramificações que estão penduradas, mas estamos trabalhando com a CML, com a EMEL, com todos, para fazer essas ligações em segurança e para ter o mínimo impacto possível na comunidade”.

O prefeito lembrou ainda que, quando assumiu, “teve quem achou que iríamos arrancar todas as ciclovias no Parque das Nações e não é isso que acontece. Temos que zelar por todos os meios e dar condições a todos que circulam no seu meio de transporte escolhido. Então é uma grande satisfação ver essa conexão”. Carlos Ardisson também agradeceu ao município e à EMEL, admitindo que ainda há “muito mais trabalho a ser feito”, incluindo a criação de mais ciclovias, sendo uma na “zona do [Colégio] Pedro Arrupe, e que vai atender mais três escolas”, bem como “outras ligações radiais para dar segurança a quem se dirige ao Parque das Nações”.

Ciclovia já permite ligação entre Lisboa e Loures

Já o presidente da EMEL, Carlos Silva, começou a sua intervenção a referir esta empresa tem uma parte da receita que é oriunda “da gestão do estacionamento da via pública e que é aplicada em investimento na cidade, na tentativa de promovermos uma melhor qualidade de vida e políticas ativas de mobilidade”. Por isso, “estamos aqui inaugurando um projeto que tem a perspectiva de fazer uma conexão, não só com as ciclovias da zona leste, mas também uma conexão intermunicipal. Uma verdadeira política de mobilidade implica que estas políticas não se dirijam só a um concelho, não faz qualquer sentido que alguém que vem de bicicleta de um determinado município para chegar a Lisboa e ter de cruzamentos às vezes pouco seguros e por vezes inexistentes”.

“Essa ciclovia vem para permitir 12 quilômetros de ciclovia dentro da cidade de Lisboa, do Terreiro do Paço até o Trancão em contínuo, mas se considerarmos também os seis quilômetros restantes até Santa Iria, estamos aqui diante de uma ciclovia de 18 quilômetros. No fundo, um quilômetro representou a união de 18 quilômetros entre dois municípios deste país, que estão entre os mais populosos e que nos permite uma acessibilidade fantástica”.

Só faltam duas freguesias a terem serviço da GIRA

Ao mesmo tempo, considera ainda, “é também uma contribuição enorme para que exista uma verdadeira mudança e uma transformação nas mentalidades na forma como usamos a cidade. E é nessa perspectiva que a EMEL está muito empenhada a defender práticas saudáveis, garantindo uma acessibilidade a um sistema altamente democrático, que é usado de forma gratuita por quem tem o passe Navegante. Hoje estamos na 22ª freguesia da cidade, em termos de estações, faltam apenas duas, Santa Clara e Ajuda, e até o final do ano, estaremos em toda a cidade. Eu sei que o público-alvo são fundamentalmente estudantes universitários e do ensino médio, e há uma forte adesão ao sistema. Estaremos e continuaremos apostados no futuro”, disse ainda Carlos Silva.

O responsável agradeceu ainda ao vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia, por “todo o empenho que tem vindo a colocar nas políticas de mobilidade, e é nessa perspectiva que temos, no próximo ano, o objetivo de continuar a abrir ciclovias e novas estações”. Para Filipe Anacoreta Correia, a inauguração deste trecho de ciclovia entre o Parque das Nações e Marvila, “é um momento de festa e que dá sentido a todo o trabalho que nós fizemos, porque é para isto que nós trabalhamos, introduzir melhorias na cidade, atender melhor a cidade e todas as pessoas que podem usufruir desse espaço fantástico”.

Ligar Vila Franca de Xira a Cascais através de uma ciclovia

O prefeito lamentou ainda o fato de o presidente da CML não poder estar presente nesta inauguração, porque “essa ciclovia é, em primeiro lugar, fruto da sua visão e do seu empenho. Ele nos pediu, no início deste mandato, que nós melhorássemos a rede de ciclovias existentes e que puséssemos um particular empenho nesta ligação em falta”. Para o vice-presidente da CML, esse “quilômetro que é inaugurado hoje e que junta toda a ligação entre o Terreiro do Paço e o Parque Tejo/Trancão” é “mais do que isso”. Ou seja, “liga, no fundo, dois concelhos e além de Loures, ainda há a possibilidade de chegar a Vila Franca de Xira”.

“Estamos trabalhando para construir ainda o que está faltando no Terreiro do Paço e nas docas”, disse Anacoreta Correia, ressaltando que é intenção do atual executivo ter “toda a frente ribeirinha de Lisboa construída até o final do mandato, o que será magnífico porque, no fundo, estamos criando a possibilidade de fazer de bicicleta toda a frente ribeirinha de Cascais a Vila Franca de Xira, o que é um sonho”. Sobre a chegada da GIRA em Marvila, o prefeito lembrou que, no início do mandato, a GIRA “era um projeto pioneiro que estava muito ligado ao centro da cidade, e hoje estamos estendendo a rede para todo o território da cidade. A partir de hoje, já temos 22 freguesias da cidade, faltam duas, mas esperamos até o final do mandato conseguir esse objetivo”.

Já são quase duas mil bicicletas GIRA circulando em Lisboa

Isso significa que já existem cerca de 1.900 bicicletas elétricas circulando em Lisboa, “o que representa praticamente o dobro do que tínhamos no início do nosso mandato. Temos mais docas, num aumento de cerca de 60%”. “Temos um programa muito exigente, e temos muito trabalho até o final do mandato, mas tenho certeza que os calendários que temos definidos nos permitem cumprir” com esse objetivo, afiançou Anacoreta Correia. Por outro lado, e “além da expansão da malha cicloviária, há também outros projetos em andamento” na matéria de mobilidade e que devem ser apresentados no decorrer de 2025. Após as intervenções, houve ainda um passeio nesse novo trecho de ciclovia em bicicletas GIRA. O percurso começou próximo à Rua 3 da Matinha, e terminou na praça David Leandro da Silva, na freguesia de Marvila.

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