Controvérsias em Obstetrícia, Ginecologia e Infertilidade: Lisboa acolhe congresso mundial #ÚltimasNotícias #lisboa

A capital portuguesa vai acolher o 32.º Congresso Mundial sobre Obstetrícia, Ginecologia e Infertilidade (COGI), no final de novembro. Diogo Ayres de Campos, um dos cinco presidentes do evento, destaca a considerável participação portuguesa no painel de palestrantes, o que se repercutirá numa maior integração dos médicos nacionais nas discussões científicas.

Caracterizado por Diogo Ayres de Campos como “um dos congressos internacionais mais reconhecidos nas áreas da Obstetrícia, Ginecologia e Infertilidade, e ter grande tradição, dado realizar-se já desde os anos 90”, o COGI continua a ser impulsionado pelo seu fundador, Zion Ben Rafael (Israel), sendo que a esta 32.ª edição associou-se também a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia (FSPOG).

Diogo Ayres de Campos

Além de integrar o seu presidente no leque de presidentes do congresso, reúne ainda três representantes de sociedades científicas portuguesas da FSPOG no Comité Científico (Fátima Faustino enquanto presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, Luís Ferreira Vicente, como presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, e Ana Luísa Areia, enquanto vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal).

“Ao contrário do que sucedeu há 12 anos, quando este congresso se realizou em Portugal pela primeira vez, esta edição terá uma maior participação nacional no programa científico. Desta vez, reunimos 19 profissionais portugueses no programa, 12 dos quais serão palestrantes, o que não era algo muito habitual no passado”, destaca Diogo Ayres de Campos.

Tal presença repercutir-se-á numa “maior participação nacional nas discussões científicas e ótima oportunidade para os médicos de Ginecologia e Obstetrícia portugueses interagirem e trocarem experiências com palestrantes internacionais, alguns dos quais de grande renome nestas áreas”.

Um congresso onde que se discutem “as áreas de fronteira, onde a evidência científica ainda não é completamente clara”

Após a tarde inaugural com intervenções mais protocolares, nos dois dias que se seguem, haverá quatro sessões a decorrer permanentemente em paralelo, duas das quais relativas à Medicina da Reprodução, “um tema tradicionalmente de grande importância neste congresso”, uma relacionada com Ginecologia e outra com Medicina Materno-Fetal.

Para o presidente português do evento, este congresso “centra-se nos temas mais controversos, ou seja, nas áreas de fronteira, onde a evidência científica ainda não é completamente clara”.

Como tal, “apela à participação quer dos especialistas, quer dos internos mais experientes, especialmente aqueles que já têm bem estabelecidas as bases do conhecimento nesta área, por abordar temas mais difíceis, onde as visões dos peritos nacionais e internacionais podem ajudar a esclarecer algumas dúvidas existentes”.

Com um considerável número de sessões de debate, com palestrantes ocasionalmente a defender ideias opostas, o congresso torna-se, na opinião de Diogo Ayres de Campos, “muito interativo e dinâmico, sendo uma forma de os participantes tomarem conhecimento de visões por vezes muito diferentes e de os ajudar a tirar as suas próprias conclusões, um formato que tem sido muito popular ao longo dos anos”.

Ao longo de dois dias do congresso, há também espaço para a apresentação de comunicações orais e e-posters, que será rematada com a atribuição de prémios aos melhores trabalhos.

A 32.ª edição do Congresso Mundial sobre Controvérsias em Obstetrícia, Ginecologia e Infertilidade está agendada para os dias 21 a 23 de novembro. Esta será a segunda vez que o COGI decorrerá em Lisboa, após ter passado por aqui, em 2012. Nessa altura, registou 1300 participantes de mais de 80 países, número que a organização pretende superar nesta edição.

As inscrições estão abertas por um preço reduzido até dia 3 de setembro, aqui. A partir dessa data, e até ao arranque do COGI, poderá fazer a sua inscrição por valores superiores.