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Os dois homens, de 18 e 28 anos, faziam parte de um grupo de oito suspeitos que, por meio de combustível e isqueiros “estavam deflagrando focos de incêndio em lixeiras”, na Amadora.
MIGUEL A.LOPES
Dois homens detidos na madrugada de quarta-feira por atear fogo em lixeiras na freguesia da Mina de Água, na Amadora, foram submetidos a apresentações semanais e proibidos de usar isqueiros, segundo a PSP.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a PSP diz que os dois homens, de 18 e 28 anos, faziam parte de um grupo de oito suspeitos que, por meio de combustível e isqueiros “estavam deflagrando focos de incêndio em caixas de lixo”.
As detenções dos dois homens, ocorreram pelas 00:30 de quarta-feira, por serem suspeitos de crimes de dano qualificado e ofensas à integridade física qualificada.
Segundo a força policial, quando as autoridades chegaram ao local, os homens “arremessaram pedras contra [os agentes]iniciando fuga em seguida”, e foi desencadeada uma perseguição policial a pé, que terminou com a prisão dos dois e a apreensão de “um jerricã com resíduos de combustível e um isqueiro”, indica a polícia.
Presentes a primeiro interrogatório no tribunal judicial da Comarca de Lisboa Oeste – Amadora, foi aplicada aos dois homens como medida de coação apresentações semanais e proibição da utilização de isqueiros.
Este incidente ocorreu na segunda noite de distúrbios na Área Metropolitana de Lisboa, desencadeado pela morte de Odair Monizmorador da Amadora, no distrito de Lisboa, baleado por um agente policial.
O cidadão cabo-verdiano, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo município, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Desacatos começaram no Zambujal e se estenderam a outros bairros de Lisboa
Os desacatos desencadeados pela sua morte tiveram início no Zambujal, na noite de segunda-feira, e estenderam-se, desde terça-feira, a outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.
Na madrugada de terça-feira foi incendiado um autocarro da Carris Metropolitana na Portela de Carnaxide, concelho de Oeiras, depois de na véspera ter sido incendiado igualmente um primeiro autocarro no Zambujal ao final da tarde.
Enquanto isso, dois ônibus foram incendiados na madrugada de quinta-feira, na Arrentela, Seixal (distrito de Setúbal) e em Santo António dos Cavaleiros, Loures, este último com o motorista dentro que sofreu queimaduras graves, já estando em situação estável não correndo risco de vida, segundo a empresa transportadora.
Ao início da madrugada desta sexta-feira, um autocarro da Carris foi apedrejado no Bairro da Boavistana freguesia de Benfica, mas sofreu apenas danos materiais, segundo disse à Lusa fonte oficial da PSP.
Além do motorista, alguns cidadãos ficaram feridos sem gravidade e dois polícias receberam tratamento hospitalar.
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