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“Há focos de desordem em várias áreas da Área Metropolitana de Lisboa”, disse a mesma fonte.
No bairro da Portela, Carnaxide, houve disparos de tiros, alguns dos quais da parte da PSP, que usou balas de borracha e que já conseguiu entrar no bairro.
Neste local, um ônibus foi incendiado hoje à noite, além de várias lixeiras e um veículo leve, disse fonte da PSP.
Às 23:45, novos focos de incêndio eram registrados neste bairro, de acordo com as imagens televisivas do local.
No concelho de Sintra, um objeto foi arremessado contra a esquadra da PSP de Casal de Cambra, sem causar danos, acrescentou a fonte.
Na Damaia houve desacatos em várias ruas, nomeadamente o arremesso de petardos e de pedras na via pública, bem como fogo posto em vários caixotes do lixo.
Antes, ao início da noite, um autocarro tinha sido incendiado no bairro do Zambujal, onde decorreram pela segunda noite desacatos.
Além do policiamento no bairro do Zambujal, a PSP reforçou os meios em vários locais, concertamente nas denominadas Zonas Urbanas Sensíveis (Zus).
Também hoje à noite a PSP indicou, em comunicado, que uma pessoa foi detida por posse de material combustível no bairro do Zambujal.
Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
Segundo a direção nacional da PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial na Avenida da República, na Amadora, e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes , “teria resistido à prisão e tentado agredi-los com emprego de arma branca”.
A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigem uma investigação “séria e isenta” para apurar “todas as responsabilidades”, considerando que está em jogo “uma cultura de impunidade” nas polícias. Segundo relatos colhidos no bairro pelo Vida Justa, o que houve foram “dois tiros em um trabalhador desarmado”.
Na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência. O agente que baleou o homem foi entretanto constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.
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