Novembro 14, 2024
Desacatos na Grande Lisboa: Cabrita critica “inexistência” da MAI e momento “infeliz” do prefeito de Loures
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O ex-ministro da Administração Interna comentou a falta de resposta aos tumultos que irromperam em vários municípios da Área Metropolitana de Lisboa, apontando o dedo para o Governo. Mas também não poupou o prefeito de Loures, que quer despejar quem for condenado por esses atos de violência.

Eduardo Cabrita acusa a ministra da Administração InternaMargarida Blasco, de falta de intervenção, no caso dos tumultos após a morte de Odair Moniz, baleado pela políciano bairro da Cova da Moura, na Amadora.

O antigo ministro socialista considera que houve um défice de intervenção do Governo” e fala na “absoluta inexistência da ministra da Administração Interna”.

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“Eu não compreendo. E a responsabilidade aí é, em primeira linha, do próprio primeiro-ministro”, aponta Eduardo Cabrita.

O ministro critica que o Governo fala apenas numa “dimensão repressiva”, quando há outras questões a serem levadas em conta, como o fato de “há meses estar vago o lugar de secretário-geral do sistema de segurançainternoa quem cabe a coordenação das forças de segurança.

Mas não só ao Governo social-democrata Eduardo Cabrita dirigiu críticas. Também o prefeito de Loures, o socialista Ricardo Leão, mereceu a censura do ex-ministropelas declarações em que defendeu o despejo de pessoas condenadas por atos de vandalismo.

“As penas acessórias só podem ser estabelecidas pelos tribunais. Isto é, não há penas acessórias estabelecidas por câmaras municipais. Portanto, julgo que foi um momento particularmente infeliz do presidente da Câmara de Loures”, afirmou Cabrita.

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Ainda que considere as ações durante os tumultos “sepulturas”o antigo governante reforça que a investigação, a averiguação de responsabilidades e a punição estão a cargo dos órgãos policiais e do Ministério Público.

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