Novembro 16, 2024
Grande Lisboa. Pedro Nuno Santos lamenta criação de guetos onde impera sentimento de abandono
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“Sociedades seguras são construídas com coesão, com igualdade, com o combate à desigualdade”declarou o secretário-geral socialista já na parte final da visita.

Acompanhado por Isaltino Morais, prefeito de Oeiras, que tem se popularizado nas redes sociais com vídeos que desmistificam a vida nos bairros, Pedro Nuno Santos destacou que “as realidades de município para município são muito diferentes” e “precisam de respostas diferenciadas” .

“Julgo que os prefeitos, cada um a seu modo, com sua experiência e seu conhecimento, têm tentado dar as melhores respostas para enfrentar um fenômeno que o país nem sempre cuidou da melhor forma”, declarou.

“Quando eliminamos as barracas em Portugal – e foi um esforço muito importante que o país foi capaz de fazer – infelizmente não fizemos da melhor maneira, e criámos mesmo alguns guetos afastados dos serviços públicos, afastados do próprio Estado, e isso gera sentimento de exclusão, de abandono”.

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O líder da oposição referiu que “nós hoje temos, felizmente, uma perspetiva diferente, e esse trabalho tem de ser feito”.


Prefeitos do PS “ao lado da integração”

Questionado se teme que o prefeito de Loures tenha mais momentos polêmicos, o petista quis garantir que “os prefeitos do Partido Socialista (…) estarão sempre ao lado da integração das comunidades, da coesãoporque todos sabem muito bem que a forma de garantirmos estabilidade e segurança nas comunidades é também intervindo do lado da coesão e da integração”.

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“E todos os prefeitos fazem isso no PS”, assegurou.

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Em causa estão declarações do presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, que na quarta-feira defendeu o despejo “sem dó nem piedade” de inquilinos de habitações municipais que tenham participado dos distúrbios que têm ocorrido na Área Metropolitana de Lisboaapós a morte do cabo-verdiano Odair Moniz, baleado por um agente da PSP.

“É óbvio que eu não quero que um criminoso que tenha participado nestes acontecimentos, se for ele o titular do contrato de arrendamento é para acabar e é para despejar, ponto final, parágrafo”, afirmou na ocasião Ricardo Leão.

No dia seguinte, esclareceu que apenas defendia o despejo de inquilinos de moradias municipais que tenham sido condenados e o caso transitado em julgado, assegurando que o município “sempre cumprirá a lei”.

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