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Parece quase uma frente unida pela calçada artística lisboeta: o historiador António Miranda escreve, a Associação da Calçada Portuguesa publica, a Caleidoscópio edita e a Câmara Municipal de Lisboa e o Turismo de Lisboa apoiam. Assim foi lançado, no fim de Julho, o livro Calçada Artística de Lisboa: 5 roteirosque todos os intervenientes esperam que vá ser útil para esta missão de dar a conhecer esta forma de arte pública, de uma forma muito prática e até lúdica: fazer cinco passeios por Lisboa atento aos “tapetes de pedra”, como já lhe chamaram. Os roteiros tentam cobrir várias zonas da cidade – do Parque Eduardo VII à Praça do Município; do Chiado ao Largo de São Paulo; Belém; da Almirante Reis a Alvalade; e o Parque das Nações.
O roteiro Eixo Central: do Parque Eduardo VII à Praça do Município exibe alguns dos calcetamentos mais antigos, com os grandes lanços da Avenida da Liberdade, onde, além do desenho de padrão, encontra dezenas de assinaturas de calceteiros. Não sabe o que são? São desenhos criados pelos calceteiros à revelia do trabalho de padrão que têm de executar. Há estrelas, cruzes de Cristo, flores, barquinhos, relógios, um cacho de uvas, um touro e uma cara sorridente frente ao Cinema São Jorge. Em torno do Monumento aos Mortos da Grande Guerra encontra grande concentração deles. Treine os olhos e parta à descoberta de outros exemplares. Os magníficos desenhos geométricos dos Restauradores e da Praça do Município são de Eduardo Nery.
Do Chiado ao Largo de São Paulo tem início no cruzamento da Rua Nova do Almada com a Rua da Conceição, passa pelo QR code em calçada com informações sobre a oferta cultural, gastronómica, hoteleira e de comércio da zona, pelo emblemático pavimento em torno da estátua do Chiado e termina no belíssimo empedrado do Largo de São Paulo, com os seus triângulos a irradiar do centro.
O roteiro Belém: do Padrão dos Descobrimentos ao Terreiro das Missas dá conta do extremo ocidental de Lisboa, onde merecem destaque as assinaturas em torno da fonte, os fantasiosos empedrados da Praça do Império, com figuras dos signos do Zodíaco acompanhadas de muitas assinaturas, o empedrado frente ao Palácio de São Bento e, claro, a monumental (é mesmo um monumento) Roda dos Ventos com 50 metros de diâmetro, frente ao Padrão dos Descobrimentos, com desenho do arquitecto Cristino da Silva.
Da Avenida Almirante Reis à envolvente da Igreja de São João Brito é um roteiro que passa pelo Instituto Superior Técnico, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a Rua António Patrício e o Mercado de Alvalade. Na Avenida de Roma, um exemplar de calçada publicitária, com as figuras do Pato Donald, Bugs Bunny e Calimero. O ponto alto deste roteiro fica guardado para o final: o primeiro exemplo de calçada-mosaico a cores, com todo um passeio coberto de flores e borboletas perto da Escola Básica São João de Brito.
Por fim, os mais recentes exemplares de calçada artística: As novas propostas artísticas do Parque das Nações. Para desenhar a calçada portuguesa da Expo 98 foram convidados seis artistas plásticos: Pedro Calapez, Fernanda Fragateiro, Pedro Proença, Xana (Alexandre Barata), Fernando Conduto e Rigo (Ricardo Gouveia). Para os ver, o roteiro começa na Torre da Galp e termina no Terreiro dos Corvos.
O livro Calçada Artística de Lisboa: 5 roteiros já se encontra à venda no site da editora. Custa cerca de 19€.
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