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A Confederação Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Murpi) vai realizar, nesta quinta-feira, uma marcha em Lisboa, para exigir mais apoio das associações, através da criação de linhas de financiamento às atividades de natureza recreativa e cultural.
Segundo a presidente do Conselho do Murpi, Isabel Gomes, “a marcha com os idosos” acontecerá entre o Saldanha e o Campo Pequeno a partir das 15h.
“O que queremos é ampliar o atendimento às associações de aposentados, pensionistas e idosos. É fundamental que nossos mais idosos não fiquem isolados, nem sozinhos, e tenham a companhia que for possível arranjar e, nessa companhia, o movimento associativo é fundamental”, disse Isabel Gomes à agência Lusa.
Com essa iniciativa, que comemora o mês do Idoso (outubro), o Murpi que dar “visibilidade às associações e seus grupos culturais de ginástica, de marcha, entre muitos outros, que mostram ao país o valor das atividades que animam a participação de milhares de aposentados”.
Para isso, a confederação exige a criação de linhas de financiamento às atividades de índole recreativa e cultural que potenciem estas ações junto dos sócios e dos reformados na respetiva comunidade, para que “não fiquem isolados e possam estar em conjunto com outros reformados”.
Comentando os dados do Instituto Nacional de Saúde (INE), segundo os quais quase 40% dos idosos com mais de 80 anos viviam sozinhos em 2021, a maioria nas freguesias do interior do país, a responsável disse ser “um número assustador”, reiterando a importância do movimento associativo nestas situações.
“Nós temos que buscar essas pessoas em casa e trazê-las. Não para sentar e ver televisão, mas para ter um apoio”, nomeadamente de um técnico que os ajude a se movimentar, que converse com eles, para estimular a mente deles, porque a única companhia que eles têm é a televisão, lamentou.
Isabel Gomes alertou para a necessidade de aumentar as aposentadorias, melhorar as condições de saúde e moradia.
“Neste momento, há muita gente sendo colocada para fora de suas casas porque não aguentam o pagamento das novas rendas e, por isso, há a necessidade imperiosa de se olhar para a nossa petição, que está na Assembleia da República”, defendeu.
A petição, lançada em meados de abril, colheu em um mês e meio o apoio de mais de 8 mil signatários de todo o país, que pedem a criação de uma Rede Pública de Lares com mensalidades acessíveis aos aposentados e o fortalecimento das valências da rede de equipamentos e serviços de apoio aos idosos que não querem deixar sua casa.
“Os mais velhos têm de acabar a sua vida com dignidade”, vincou Isabel Gomes.
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