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UM iniciativa tem o nome de ‘Semana da Mama’ e é organizada pelo Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, que resultou da recente fusão do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Instituto de Medicina Molecular.
Em sua segunda edição – a primeira foi em 2023 – a “Semana da Mama”, que inclui exposição e conversas com cientistas, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama, que, segundo estimativas, pode atingir uma em cada oito mulheres em Portugal.
Este ano, a atenção volta a estar especialmente virada para o cancro da mama metastático, subdiagnosticado e na origem de mais de metade das mortes por cancro da mama.
Este tipo de cancro ocorre quando o tumor primário na mama migra para outros órgãos do corpo, como ossos, pulmão, fígado e cérebro.
“Estamos preocupados com a dificuldade, com a quase total ausência de diagnóstico do cancro metastático”, assinalou à Lusa o investigador Sérgio Dias, que dirige o Laboratório Translacional para o Cancro da Mama Metastático no instituto.
Nas tendas montadas na Alameda da Universidade, em frente ao prédio da reitoria da Universidade de Lisboa, quem deseja atender ao chamado da doação pode doar sangue pela manhã, a partir das 10h, e até sábado.
As amostras coletadas vão ter como destino o biobanco do Centro Académico de Medicina de Lisboa, um repositório de amostras biológicas doadas voluntariamente por pacientes e pessoas saudáveis, tais como sangue, células, tecidos.
Amostras de pacientes são necessárias para o estudo de doenças e novos medicamentos, trabalho que requer amostras de pessoas saudáveis para grupos de controle.
No biobanco há amostras de tumores da mama que cientistas do Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular estão a estudar com o intuito de identificarem biomarcadores da doença, nomeadamente da sua progressão e metastização, e desenvolverem testes funcionais e personalizados que permitam fazer o diagnóstico antecipado e acelerar o tratamento mais adequado.
No laboratório que Sérgio Dias coordena os cientistas estão buscando entender por que certos tumores de mama têm potencial para formar metástases. Elas já têm “algumas suspeitas”, mas que precisam ser buriladas para obter biomarcadores confiáveis para serem testados.
A meta do laboratório é aumentar o diagnóstico precoce do cancro da mama metastático até 2030.
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