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Entre abril e junho, a capital portuguesa contabilizava 10.370 apartamentos T0 e T1 com registro de Alojamento Localdos quais apenas 45%, no total de 4.625, estão ativamente no mercado, com vendas e ocupação regulares, mostram os dados da Confidencial Imobiliário.
Já no Porto, essa incidência é mais expressiva, mas ainda assim, mantendo-se abaixo dos 60%. A Invicta contabiliza 7.870 fogos T0 e T1 com registro de AL, dos quais 4.600equivalente a 58%, realizam atividade recorrente com retorno.
De acordo com os dados apurados no âmbito do SIR-Alojamento Localo RevPAR médio, que mede a renda gerada por tais alojamentos, foi de 97 euros em Lisboa e 53 euros no Porto no 2º trimestre deste ano.
A diferença de RevPAR nas duas cidades reflete a prática de preços mais elevados na capitalassociados a níveis de ocupação também superiores. Assim, Lisboa registrou uma diária média de 135 euros no 2º trimestre deste ano, com uma ocupação média de 72%. No Porto, a diária média nesse período foi de 87 euros com uma ocupação média de 61%.
Em termos da oferta, contudo, além de ter um índice de atividade efetiva inferior do parque de AL registado, Lisboa tem tido maior dificuldade de recuperar fogos para esta atividade face ao período pré-pandemia, registando um stock ainda 21% abaixo desse momento. Especificamente, o estoque atual de T0 e T1 ativos em AL na capital contabiliza 1.220 unidades a menos que as 5.850 registradas no 4º trimestre de 2019, período que marcou a máxima desse mercado.
Segundo a Confidencial Imobiliário, esse era então um padrão comum no mercado, que ao longo de 2019 e, ainda no 1º trimestre de 2020, registrou volumes trimestrais de AL em oferta sempre acima de 5 mil unidades. Não obstante, esse é o maior volume trimestral de oferta dos últimos 4 anos na capital, que no auge da pandemia chegou a ter menos de 2 mil unidades desse tipo ativos em AL, e consolida a trajetória de recuperação de domicílios para o mercado iniciada em meados de 2021.
No Porto, as mesmas 4.600 unidades T0 e T1 ativas em AL no 2º trimestre de 2024 correspondem a um volume máximo recorde do mercado, cujo pico anterior foi de 4.185 apartamentos no 4º trimestre de 2019. A oferta de AL no Porto também foi afetada pelo advento da pandemia, reduzindo o universo de apartamentos T0 e T1 ativos para menos de 2.000 unidades no 1º trimestre de 2021, mas se recuperou mais rapidamente que a de Lisboa, mantendo seu estoque acima de 4.000 unidades pelo quinto trimestre consecutivo e estabelecendo novos máximos de mercado desde meados de 2023.
Daqui resulta também que Lisboa e Porto tenham aproximado o estoque de AL em atividade nos últimos anosmostrando atualmente mercados com a mesma dimensãoem contraste com a realidade pré-pandemia, quando a oferta do Porto correspondia a 2/3 da de Lisboa, com menos 1.700 fogos em atividade.
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