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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) retomou a entrega dos Prémios Valmor e Municipal de Arquitetura, tradição que deixou de ser realizada em 2018. Desta forma, foram entregues os prêmios relativos aos anos de 2018, 2019 e 2020, em cerimônia que aconteceu no Salão Nobre da Câmara Municipal. No total foram concedidas nove distinções.
Após seis anos de interregno, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) voltou a realizar a entrega dos Prémios Valmor e Municipal de Arquitetura, na última quarta-feira, 6 de novembro. Esta cerimônia teve como finalidade conceder os prêmios relativos aos anos de 2018, 2019 e 2020, sendo que, no total foram atribuídas nove distinções, ou seja, um prêmio e duas Menções Honrosas para cada ano.
“Há 122 anos distinguimos o melhor da arquitetura em Lisboa, que cumprimos a vontade do Visconde de Valmor, que queria ver algo diferente em Lisboa. Que eu queria que Lisboa fosse mais do que era, que fosse mais do que a gente podia imaginar. E queria fazer isso através da arquitetura”, lembrou o presidente da CML, Carlos Moedas, ressaltando que a atribuição desses prêmios “já é uma tradição lisboeta e única em todo o país”.
Prêmio Histórico
Em seu discurso, o prefeito destacou a relevância dessa iniciativa, dizendo que “passaram por esse prêmio prédios que hoje fazem parte de todos nós, das nossas vidas, do nosso cotidiano, das nossas memórias, prédios que se tornaram históricos”, convicto de que também os vencedores anunciados nesta cerimônia, que aconteceu na Câmara Municipal, “no futuro se tornarão história”. Ainda de acordo com Moedas, a entrega dos Prémios Valmor e Municipal de Arquitetura “significa a promoção do talento dos nossos arquitetos, da forma como nossos arquitetos são capazes de marcar Lisboa, da forma como conseguem reabilitar edifícios históricos e resgatar memórias para o presente ”. “O Prêmio Valmor também significa cidade, porque em cada uma dessas obras está exatamente o propósito da arquitetura: fazer cidade”, finalizou.
O Prêmio Valmor de 2018 foi concedido à obra de reconstrução do antigo Teatro Luís de Camões, hoje conhecido como LU.CA, dos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, tendo como promotora a Empresa Municipal Lisboa Ocidental SRU. Em relação ao ano de 2019, o prêmio foi entregue à obra de Reabilitação do antigo Palacete dos Condes de Burnay para instalação da Biblioteca de Alcântara, da arquiteta Margarida Grácio Nunes, tendo também como promotora a Empresa Municipal Lisboa Ocidental SRU. Já em relação ao ano de 2020, o prêmio foi dado à obra de Reabilitação de um prédio na Baixa Pombalina, destinado a Habitação e Comércio, localizado na Rua dos Douradores, n.º 186, de autoria do arquiteto José Adrião e tendo como promotores Pedro Garcia Ramos e Maria Eugênia Ocantos.
Menções Honrosas
Por sua vez, as Menções Honrosas relativas ao ano de 2018 foram entregues à obra de alteração do Edifício de Habitação e Comércio localizado na Rua Nova de São Mamede, 62-68, de autoria do arquiteto João Pedro Barros Falcão de Campos, e à obra de Requalificação do Largo da Igreja da Memória, do arquiteto Gonçalo Byrne. Das obras concluídas em 2019, dois novos edifícios mereceram Menção Honrosa do Prêmio Valmor e Municipal de Arquitetura, ou seja, o prédio residencial construído no número 58 da Costa do Castelo, do arquiteto Ricardo Bak Gordon, e o prédio do arquiteto Nuno Mateus construído no número 97 da Rua Francisco Metrass para a instalação da Redbridge International School.
Em relação ao ano de 2020, foi atribuída Menção Honrosa à obra de Reabilitação da Casa Fernando Pessoa, do arquiteto José Adrião, e ao Edifício de Habitação construído nos números 65 a 67A da Calçada Marquês de Abrantes, do arquiteto Nuno Mateus. Para a premiação desses prêmios, foram analisadas mais de 250 obras por ano, num total de 777 obras, que em sua grande maioria correspondem a intervenções sobre edificações pré-existentes (82%), e que foram colocadas novamente à disposição da população, nas mais variadas utilizações. As obras candidatas ao Prêmio Valmor são todas aquelas que obtiveram autorização de uso no ano a que se referem, podendo ainda ser objeto de distinção novas edificações ou edificações reabilitadas que contribuam significativamente para a valorização e/ou salvaguarda do patrimônio arquitetônico de Lisboa, tendo ainda em conta a arquitetura paisagística e o tratamento do espaço público urbano.
Jurados têm ampla experiência profissional e acadêmica
A apreciação do mérito das obras e sua contribuição para a qualificação da cidade foi assegurada por um júri presidido pelo presidente da CML, e coordenado pela vereadora responsável pelo Urbanismo, Joana Almeida. Os demais jurados foram ainda a Diretora Municipal de Cultura, Laurentina Pereira, o presidente da Academia Nacional de Belas Artes, o arquiteto Alberto Reaes Pinto, o presidente do Conselho Diretivo Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitetos, o arquiteto Pedro Novo , bem como o Presidente da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, o arquiteto Jorge Mealha da Costa.
O júri contou ainda com a participação da arquiteta Ana Tostões, Professora Catedrática no Instituto Superior Técnico. Atualmente, já estão a ser levantadas as obras concluídas após o ano de 2020, para que no início de 2025 o júri retome as suas reuniões de trabalho e, no primeiro semestre do ano, sejam atribuídas as distinções relativas aos anos 2021, 2022, 2023 e 2024.
Foto: CMLisboa
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