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Vereadora da autarquia reitera que o investimento em habitação na cidade nos próximos 10 anos, na ordem dos 900 milhões, previstos na Carta Municipal de Habitação (em aprovação), vai ter mesmo de acontecer, caso contrário será “uma vergonha” para Lisboa. Filipa Roseta também deixa farpas a Pedro Nuno Santos, que acusa de ter feito “bola”, quando de sua passagem pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação.
Filipa Roseta voltou a expressar seu descontentamento com os problemas de falta de moradia na cidade de Lisboa. A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML) considera “escandaloso” que a cidade tenha terrenos totalmente vazios e com capacidade para construir moradias.
“Nesses terrenos vazios há capacidade para construir 30 mil casas, e metade é de terras públicas. Desses 15 mil, sete mil são da prefeitura e outros são de vários setores do Estado. Lisboa é um caso excepcional, não há capitais europeias com esse tipo de solo público”, disse a vereadora do Partido Social Democrata (PSD) em seu discurso no debate ‘Acelerar a construção de moradias’, promovido pelo Grupo Casais e que aconteceu na terça-feira na Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
A vereadora ressaltou que desde que Carlos Moedas assumiu a presidência da autarquia, em 2021, tudo tem sido feito para que se construa moradias “de todas as formas e feitios” para que esses terrenos não fiquem vazios. “Desses sete mil terrenos, três mil vamos conseguir construir em 10 anos com um esforço brutal. O Plano de Recuperação e Resiliência é mínimo em relação ao que estamos investindo”, disse.
Recorde-se que em fevereiro de 2023, o então ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciou um plano para habitação no país com um custo inicial 900 milhões de euros para os próximos 10 anos, previstos no programa ‘Mais Habitação’.
A este valor acrescentam-se outros 900 milhões de euros estipulados na Carta Municipal de Habitação (em aprovação) que, entre outras medidas, estima a construção de três mil habitações municipais. Para Filipa Roseta esse investimento vai ter que acontecer mesmo, porque se daqui a dez anos esses terrenos continuarem vazios, será “uma vergonha para a cidade”.
“Seja em parceria, seja cooperativa, vão inventar o que for preciso, mas daqui a dez anos, se esses terrenos estiverem vazios, não vai ser por falha minha, mas por falha de quem não foi conosco fazer isso”, ressaltou a vereadora.
Filipa Roseta aproveitou para deixar recados a Pedro Nuno Santos, quando o agora secretário-geral do Partido Socialista (PS), liderou a pasta das Infraestruturas e Habitação, entre 2019 e 2023, nomeadamente sobre a não utilização do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado .
“Desde que foi feito o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado [setembro de 2016]em que passaram as propriedades do Estado para a Fundiestamo, sabe quantos fogos se fez desde 2019 até hoje, através desse fundo, Pedro Nuno Santos? Zero, bola”, ressaltou.
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