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A Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um comunicado sobre as ações de segurança planejadas para as manifestações de amanhã, 26 de outubro, em Lisboa, onde estão previstos protestos de grupos com posições opostas sobre a morte de Odair Moniz. Em resposta à notificação recebida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), a PSP iniciou imediatamente uma análise de risco para assegurar a ordem pública, considerando o potencial de confrontos entre os participantes.
A PSP explica em comunicado que, ao ser informada das manifestações, deu início à análise das circunstâncias, garantindo que os promotores do primeiro evento registado, o movimento Vida Justa, tivessem prioridade na escolha do local e itinerário. No entanto, como os dois protestos representam ideologias opostas, a PSP está empenhada em organizar dispositivos de segurança que garantam o direito de manifestação sem comprometimento da ordem pública.
Apesar de ter sido notificada sobre o itinerário inicial, a PSP verificou através dos meios de comunicação que o movimento Vida Justa alterou voluntariamente o percurso de sua manifestação. Segundo a organização, essa mudança teve como objetivo evitar potenciais confrontos com a contramanifestação do partido Chega. Nuno Ramos de Almeida, porta-voz do Vida Justa, explicou ao Expresso que a mudança de itinerário representa um “ato de responsabilidade” perante a falta de uma resposta clara da PSP sobre as medidas de segurança a serem adotadas para a separação dos dois protestos.
Ajustes nas localizações para segurança pública
O movimento Vida Justa, inicialmente programado para iniciar a sua marcha na Praça Marquês de Pombal e terminar na Assembleia da República, redirecionou o ponto de encerramento para a Praça dos Restauradores. A organização acusa as autoridades de não tomarem as devidas providências para assegurar o respeito pelo direito à manifestação pacífica e defende que a PSP deveria ter assegurado que a contramanifestação do Chega fosse realizada em outro local.
Em paralelo, o partido Chega optou por iniciar a sua manifestação de apoio à PSP a partir da Praça do Município, com o propósito de demonstrar solidariedade com o agente policial envolvido na morte de Odair Moniz, ação que o partido considera como legítima defesa. André Ventura, líder do Chega, defendeu que o agente deveria ser “condecorado e não constituído arguido” por, segundo ele, “cumprir o seu dever”. Em linha com esta posição, o deputado Pedro Pinto, também do Chega, reforçou a visão do partido ao afirmar que a polícia deveria “disparar mais” para “garantir a ordem”.
Itinerários condicionados e operação de segurança da PSP
A PSP, através do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS), mobilizará diversas unidades para assegurar a segurança durante as manifestações. Além disso, a PSP comunicou que vai condicionar o trânsito em várias artérias centrais de Lisboa, incluindo as seguintes áreas:
- Praça Marquês de Pombal
- Avenida da Liberdade
- Praça dos Restauradores
- Avenida Braamcamp
- Avenida Alexandre Herculano
- Rua de São Bento
- Praça do Município
- Rua do Arsenal
- Rua do Comércio
- Rua Nova do Almada
- Rua Garrett
- Praça Luís Camões
- Calçada do Combro
- Rua Dom Carlos I
A operação de segurança será reforçada por equipas especializadas da Unidade Especial de Polícia, assegurando uma forte presença policial para prevenir e reagir a qualquer situação de alteração da ordem pública.
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