Projeto que representou Portugal na Quadrienal de Praga exposto em Lisboa este mês – Economia – SAPO.pt #ÚltimasNotícias #lisboa

Depois de ter ficado em cartaz na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, a instalação de Ângela Rocha ficará em Lisboa até 5 de janeiro.

Em comunicado publicado no ‘site’ da Direção-Geral das Artes, é lembrado que “esta instalação imersiva se debruça sobre a tomada de consciência do corpo no espaço, numa tentativa de reconexão com a escuta do tato”.

Para o projeto que representou Portugal na Quadrienal de Praga de ‘Design’ de Performance e Espaço, em 2023, a cenógrafa Ângela Rocha criou um labirinto, que permite ao visitante explorar o tato, sentido que nos últimos anos “está sendo esquecido”, como ele disse a repórteres em maio do ano passado.

Hoje em dia, basta “apertar ou passar para o lado”, na tela de um celular, “para comprar uma coisa”. Ato que dantes implicaria uma série de outros gestos como abrir a carteira, tirar o porta-moedas, pegar no dinheiro ou num cartão. “Começamos a ter os gestos mais reduzidos”, ressaltou.

Angela Rocha considera que “está havendo um desligamento desse sentido”, o tato, “que é tão importante para uma ideia de presente”.

“A minha ideia do futuro seria tentarmos reivindicar de novo a ideia do presente temporal e espacial, através da ‘reconexão’ tátil aos lugares, e daí este espaço ser desenvolvido com diferentes tipos de texturas. Umas mais repelentes e outras mais atrativas”, explicou a cenógrafa, na época.

A entrada no labirinto foi forrada com pelo laranja, para que o visitante se lembre “da brincadeira e do jogo”https://www.sapo.pt/noticias/economia/.”E de estarmos uns com os outros, de ser uma coisa mais infantil talvez, que eu achei que também era importante a gente levar na mochila para o futuro”, explicou Ângela Rocha.

Dentro do labirinto, a cenógrafa achou que deveria trabalhar “uma textura a partir da luz, já que a luz é uma força muito emocional a que todos os seres vivos reagem”.

O projeto ganhou o prêmio PQ Kids Award, naquele evento tcheco, e já foi vivenciado por mais de 15 mil pessoas, segundo a Direção Geral das Artes.

TDI//SB

Lusa/Fim