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Reconquista nega ter-se feito passar pelo Chega para congresso em Lisboa #ÚltimasNotícias #lisboa

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“Eles entenderam que tinha sido um erro aprovar a realização do evento e, agora, para se legitimarem aos olhos do público, vêm utilizar a justificação de que entenderam que nós estávamos diretamente associados, ou que éramos parte do Chega”, afirmou o presidente do Reconquista , Afonso Gonçalves, acrescentando que nunca disseram que eram do Chega.

A notícia de neonazis reunidos na sede da AML foi avançada pelo jornal Expresso e já motivou a apresentação de um requerimento urgente por parte dos deputados municipais do Bloco de Esquerda (BE) a exigirem à presidente da AML, Rosário Farmhouse (PS), um esclarecimento sobre a autorização do congresso desse grupo no Fórum Lisboa, em 02 de novembro.

O também fundador do movimento disse que desde o princípio se identificaram, nunca tendo dito serem “do Chega”, porque “não havia qualquer razão para o fazer”.

Segundo Afonso Gonçalves, a confirmação da realização do evento só foi feita após um ‘e-mail’ em que detalharam “o título do evento, a organização promotora do evento, bem como todos os oradores e todos os discursos”.

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“A Reconquista nunca mentiu para a câmara sobre os oradores presentes e seus temas, nem sobre o teor do evento, algo que pode ser comprovado em sede própria pela consulta aos ‘e-mails’ trocados entre as partes”, escreveu, em comunicado, a organização.

Além disso, assume-se como “nacionalista, tradicionalista e futurista”, recusando “a ideologia neonazi que foi falsamente atribuída ao movimento”.

“Nós, como é natural, não somos neonazis, quer dizer, hoje em dia, é [um termo] usado para qualquer grupo que se identifica como patriótico e nacionalista e é simplesmente falso”, reforçou Afonso Gonçalves.

Recusando associações ideológicas, o dirigente explicou que a organização escolheu o Fórum Lisboa por corresponder “às necessidades” e “requisitos técnicos” para o evento, e “a localização também era adequada”, no “centro de Lisboa”, apesar de terem pago pelo espaço “o valor mais alto” para entidades que “não são partidos políticos”.

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Para Afonso Gonçalves, isso “deita completamente por terra a tese” de se passarem pelo Chega, pois assim pagariam menos que os 1.650 euros pela cessão do espaço.

Em comunicado, a deputada municipal do BE Leonor Rosas reforçou a necessidade de saber se a presidente da AML sabia do evento, “do cariz desta política de ódio deste evento” e que este foi “um congresso de um grupo de extrema-direita racista, supremacista branco, homofóbico, misógino, que veicula uma política de ódio contra imigrantes e contra pessoas racializadas, que veicula até ideias que as mulheres não deveriam ter direito ao voto, que são inferiores aos homens”.

No ‘site’ da AML, a mesa deste órgão deliberativo do município esclareceu que o Fórum Lisboa, onde acontecem as reuniões da AML, “são cedidas cotidianamente às mais diversas entidades para a realização de eventos, de natureza acadêmica, cultural, política, religiosa, comercial”, entre outras.

Especificamente sobre o congresso do Reconquista, a mesa da AML indicou que “os serviços municipais competentes procederam à análise da proposta em questão, que foi apresentada por uma pessoa física — uma senhora cujo nome não gerou qualquer alerta –“, tendo como indicação de entidade promotora um coletivo de jovens do partido Chega e que o evento seria uma conferência sobre “relação entre modernidade e coletivismo e seus efeitos na sociedade brasileira”.

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“A iniciativa teria o seguinte conteúdo: ‘conjunto de discursos sobre a atualidade, a imprensa e a sociedade e cultura europeias. Discurso realizados por figuras de relevo do cenário nacional e internacional’. Com base no teor da proposta, a sr. ª presidente da Câmara Municipal autorizou a cessão”, lê-se no comunicado, ressaltando que, “nos termos da lei, a responsabilidade pelo que é dito e feito nos eventos é de seus promotores”.

A Lusa questionou o grupo municipal do Chega na AML, que remeteu esclarecimentos para o dirigente da Juventude Chega, Rui Cardoso, e este afirmou que o partido não tinha conhecimento deste evento, nem esteve envolvido na marcação e organização do mesmo.

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“Se foi eventualmente utilizado para a marcação do espaço o nome do partido Chega ou da Juventude Chega, esse uso foi abusivo e foi desproporcional, na medida em que nós não temos nada a ver com esse evento”, reforçou, adiantando que o departamento jurídico do partido vai avaliar as ações a tomar neste âmbito.

De acordo com jornal Expresso, o congresso do grupo Reconquista, que decorreu em 02 de novembro, no Fórum Lisboa, contou com o britânico Steve Laws, um ativista que se autodenomina “caçador de migrantes”, com o belga Dries Van Langenhove, que lidera um movimento de jovens nacionalistas flamengos, e com o irlandês Keith Woods, descrito pela mídia local como sendo um dos maiores ‘influenciadores’ da extrema direita daquele país e com contatos entre as milícias supremacistas norte-americanas, como a Ku Klux Klan.

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O grupo Reconquista se apresenta, em seu ‘site’, como um movimento político apartidário fundamentado em três pilares: “pátria – preservar a identidade etnocultural portuguesa; identidade – defender os valores familiares, sociais e culturais tradicionais; e futuro -reivindicar instituições que verdadeiramente representem e projetem o interesse do Estado-Nação”.

Leia Também: Grupo neonazista se reuniu no Fórum Lisboa ao se passar pelo Chega

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