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No mês de setembro, o mercado de escritórios apresentou desempenhos distintos nas duas maiores cidades, de acordo com o relatório Office Flashpoint da JLL.
Lisboa manteve seu ritmo de crescimento, enquanto o Porto se destacou pela resiliênciamesmo com uma ligeira desaceleração face ao mês anterior.
A cidade de Lisboa apresentou crescimento acelerado e transações em grande escala. O take-up em Lisboa foi de 14.869 m² em setembro, representando um aumento de 79% em relação a agosto e um crescimento de 55% em termos anuais.
Durante o terceiro trimestre, a absorção totalizou 40.900 m², uma queda de 24% em relação ao trimestre anterior, mas ainda 20% acima do valor registrado no mesmo período de 2023. Até setembro de 2024, o assumir acumulado na capital atingiu os 168.546 m², um impressionante aumento de 134% em relação ao ano passado.
Em setembro, foram realizadas 16 operações, com área média de 929 m², sendo três dessas transações superiores a 1.000 m². Entre os negócios mais relevantes está a Deloitte Portugal, que ocupou 8.408 m² no edifício Rato 11 (zona 2).
Outras operações importantes incluíram um inquilino confidencial no edifício Caravelas-Niña (3.518 m², zona 2) e DIGI no edifício Malhoa 11 (1.072 m², zona 3). O tipo de ocupação foi inteiramente aluguel, com uma pré-ocupação.
A zona 2 (CBD) foi a mais ativa, concentrando 81% da absorção mensal, e o setor de Consultores e Advogados foi o mais dinâmico, representando 57% da ocupação. A absorção acumulada em 2024 já se encontra cerca de 55.000 m² acima do volume total registado em 2023.
Porto
No Porto as transações mantiveram-se relevantes em setores estratégicos. Com um assumir mensal de 11.857 m², o que reflete uma ligeira redução de 5% face a agosto, mas um impressionante crescimento de 829% comparado com setembro de 2023. No terceiro trimestre, o assumir acumulado foi de 26.960 m², um aumento de 149% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, até setembro, o assumir totalizou 55.335 m², um aumento de 36% ano a ano.
O Porto registrou 5 transações em setembro, com uma área média de 2.371 m², e três dessas transações superaram 1.000 m². Entre os negócios mais significativos, inclui-se um inquilino confidencial no edifício Pharmácia com 5.089 m² na zona 2, e duas ocupações no Tecmaia com uma área total de cerca de 6,200 m2, na zona 7. Todos os negócios foram realizados sob contratos de arrendamento com ocupação imediata.
A zona de Maia (zona 7) foi a mais ativa no mês, representando 52% da absorção, com o setor de TMTs e Utilities liderando a demanda, representando 57% da ocupação. A absorção acumulada no Porto em 2024 já ultrapassou em 5 mil m² o volume total registrado em 2023.
Sofia Tavares, Head of Market Advisory da JLL, comenta que «setembro demonstrou, mais uma vez, a resiliência e o dinamismo do mercado de escritórios, com Lisboa registrando crescimento sustentado e o Porto continuando a atrair grandes ocupações. Faltando três meses para o final do ano, mantemos nossa confiança de que ambos os mercados continuarão a crescer e fornecer resultados positivos».
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