Novembro 17, 2024
Tribeca Festival Lisboa: cinema cruzou o Atlântico e chegou para dois dias de festa
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Festival de Tribeca

Foi a primeira edição europeia de um festival que nasceu pelas mãos de Robert De Niro e Jane Rosenthal. Dois dias focados no cinema, mas não só. A primeira edição já chegou ao fim, mas a viagem já está confirmada. O festival vai voltar à capital portuguesa.

Tribeca Festival Lisboa: cinema cruzou o Atlântico e chegou para dois dias de festa

TOZE Canaveira/SIC

Pelos vários palcosespalhados pelo Beato Innovation District, em Lisboa, houve sessões de bate-papo, exibições de filmes, transmissões de podcasts e shows ao vivo.

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Estrelas nacionais e internacionais desfilaram pela “Blue Carpet” do MAAT, em Belém

Foi com vista para o Tejo que aconteceu o “pontapé inicial” para o Tribeca Festival em Lisboa. Pela “Blue Carpet” passaram estrelas do cinema nacional e internacional. Entre eles Joaquim de AlmeidaDaniela Ruah, Chazz Palminteri e Patty Jenkins.

Quem também marcou presença foram os fundadores: o ator norte-americano Robert De Niro e a produtora Jane Rosenthal.

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Em jeito de brincadeira, De Niro explicou que para decidir qual seria qual a casa do Tribeca nesta edição europeia, perguntou onde havia uma cidade com “cultura forte” e onde lhe “apeteceria passar um bom tempo”. Lisboa, disse, foi a escolha, por preencher os dois requisitos.

O ator sublinhou que o Tribeca é um festival em que o que importa são “as histórias” sim “criação de uma comunidade” – e que, com a chegada a Lisboa, o festival cresce e essa comunidade se expande.

Já Jane Rosenthal afirmou que Lisboa vive um “renascimento criativo”durante os últimos anos, e que pode ser um espaço para a cultura emergir como meio de“esperança e paz”.

A produtora norte-americana defendeu que a capital portuguesa está assistindo ao surgimento de uma nova geração de artistas e que podem ter um papel importante na transformação do mundo.

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A sessão de abertura foi marcada, também, pelo discurso de Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, que lembrou como estava “nervoso” quando foi a Nova York convidar Robert De Niro e Jane Rosenthal para fazer o festival em Portugal.

Também Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, falou sobre a vinda do festival para Portugal fazendo um paralelismo entre a saída das naus portuguesas, de Lisboa, durante os descobrimentos, e a presença do festival na capital. Defendeu que, em ambos os casos, foram a “curiosidade” e um “salto de fé” que impulsionaram a abertura de mundos.

A noite foi encerrada com um show da cantora Sara Correia.

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De Niro critica Trump e Whoopi faz o elogio da Loucura: como foi o primeiro dia do Tribeca

No local, vários pontos de animação preencheram os 3.500 metros quadrados. Nas pausas, os visitantes podiam aproveitar as diversas atividades que o festival tinha a oferecer. Mas o foco, esse estava nas conversas que aconteceram ao longo de todo o dia.

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Mas, para além de ouvir, os visitantes também tiveram oportunidade de ver. De curtas às longas metragens, passando pelas séries e pelos documentários foram várias as propostas cinematográficas apresentadas.

Para além de tudo isto, houve ainda a oportunidade, para quem tivesse interesse, de assistir à gravação ao vivo de podcasts. Exemplo disso foi o Posto Emissor que esteve à conversa com Rita Redshoes.

O primeiro dia oficial foi encerrado com um DJ set ao vivo a cargo de Xinobi.

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De Niro pousa com Galo de Barcelos e Dino d’Santiago aplaudido de pé: como foi o segundo dia do festival

A mesma dinâmica, mas com mais conversas, mais filmes e mais gravações em direto de podcasts. Além do palco principal, foram vários os protagonistas que falaram sobre a sua experiência no mundo do cinema. Foi o caso dos atores Ricardo Pereira, Daniela Ruah e Joaquim de Almeida que diante de uma sala cheia relembraram os obstáculos e deram alguns conselhos para quem almeja com uma carreira na área.

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Outro dos destaques foram os visionamentos de filmes que apresentaram ao público “A Broux Tale, the original One Man Show” e “Ezra”.

Também a sala de podcasts teve ao rubro com gravações atrás de gravações. Ricardo Araújo Pereira entrevistou Mariana Cabral, ou Bumba na Fofinha, no “Coisa que não edifica nem destrói” e Júlia Palha conversou com Alba Baptista no “Geração 90”.

Um dos pontos altos do dia aconteceu quando Whoopi Goldberg e Dino d’Santiago se juntaram para falar sobre o modo como novos formatos de entretenimento podem dar voz a várias comunidades.

O artista leu um poema, de sua autoria, sobre as dificuldades e preconceitos que teve que superar devido à cor de sua pele e emocionou a plateia que se levantou para aplaudi-lo.

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“Querida Whoopi Goldberg, eu nasci no ventre da escuridão, a cor mais antiga do mundo, a mesma que o céu veste quando todas as luzes se apagam e a humanidade se esquece de si mesma. (…) Minha pele negra parecia desonrar a imagem do Salvador que me ensinaram a amar. E com isso, cresceu o pecado da comparação, de desejar ser algo que não sou. que o fardo do pecado era minha própria existência”, começou dizendo o artista”.

Esta foi a primeira edição do Tribeca Festival Lisboa, mas não será a única. Neste sábado foi anunciado que o festival voltará à capital portuguesa para mais uma edição.

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