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Festival de Tribeca
Foi a primeira edição europeia de um festival que nasceu pelas mãos de Robert De Niro e Jane Rosenthal. Dois dias focados no cinema, mas não só. A primeira edição já chegou ao fim, mas a viagem já está confirmada. O festival vai voltar à capital portuguesa.
Pelos vários palcosespalhados pelo Beato Innovation District, em Lisboa, houve sessões de bate-papo, exibições de filmes, transmissões de podcasts e shows ao vivo.
Estrelas nacionais e internacionais desfilaram pela “Blue Carpet” do MAAT, em Belém
Foi com vista para o Tejo que aconteceu o “pontapé inicial” para o Tribeca Festival em Lisboa. Pela “Blue Carpet” passaram estrelas do cinema nacional e internacional. Entre eles Joaquim de AlmeidaDaniela Ruah, Chazz Palminteri e Patty Jenkins.
Quem também marcou presença foram os fundadores: o ator norte-americano Robert De Niro e a produtora Jane Rosenthal.
Em jeito de brincadeira, De Niro explicou que para decidir qual seria qual a casa do Tribeca nesta edição europeia, perguntou onde havia uma cidade com “cultura forte” e onde lhe “apeteceria passar um bom tempo”. Lisboa, disse, foi a escolha, por preencher os dois requisitos.
O ator sublinhou que o Tribeca é um festival em que o que importa são “as histórias” sim “criação de uma comunidade” – e que, com a chegada a Lisboa, o festival cresce e essa comunidade se expande.
Já Jane Rosenthal afirmou que Lisboa vive um “renascimento criativo”durante os últimos anos, e que pode ser um espaço para a cultura emergir como meio de“esperança e paz”.
A produtora norte-americana defendeu que a capital portuguesa está assistindo ao surgimento de uma nova geração de artistas e que podem ter um papel importante na transformação do mundo.
A sessão de abertura foi marcada, também, pelo discurso de Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, que lembrou como estava “nervoso” quando foi a Nova York convidar Robert De Niro e Jane Rosenthal para fazer o festival em Portugal.
Também Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, falou sobre a vinda do festival para Portugal fazendo um paralelismo entre a saída das naus portuguesas, de Lisboa, durante os descobrimentos, e a presença do festival na capital. Defendeu que, em ambos os casos, foram a “curiosidade” e um “salto de fé” que impulsionaram a abertura de mundos.
A noite foi encerrada com um show da cantora Sara Correia.
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No local, vários pontos de animação preencheram os 3.500 metros quadrados. Nas pausas, os visitantes podiam aproveitar as diversas atividades que o festival tinha a oferecer. Mas o foco, esse estava nas conversas que aconteceram ao longo de todo o dia.
Mas, para além de ouvir, os visitantes também tiveram oportunidade de ver. De curtas às longas metragens, passando pelas séries e pelos documentários foram várias as propostas cinematográficas apresentadas.
Para além de tudo isto, houve ainda a oportunidade, para quem tivesse interesse, de assistir à gravação ao vivo de podcasts. Exemplo disso foi o Posto Emissor que esteve à conversa com Rita Redshoes.
O primeiro dia oficial foi encerrado com um DJ set ao vivo a cargo de Xinobi.
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A mesma dinâmica, mas com mais conversas, mais filmes e mais gravações em direto de podcasts. Além do palco principal, foram vários os protagonistas que falaram sobre a sua experiência no mundo do cinema. Foi o caso dos atores Ricardo Pereira, Daniela Ruah e Joaquim de Almeida que diante de uma sala cheia relembraram os obstáculos e deram alguns conselhos para quem almeja com uma carreira na área.
Outro dos destaques foram os visionamentos de filmes que apresentaram ao público “A Broux Tale, the original One Man Show” e “Ezra”.
Também a sala de podcasts teve ao rubro com gravações atrás de gravações. Ricardo Araújo Pereira entrevistou Mariana Cabral, ou Bumba na Fofinha, no “Coisa que não edifica nem destrói” e Júlia Palha conversou com Alba Baptista no “Geração 90”.
Um dos pontos altos do dia aconteceu quando Whoopi Goldberg e Dino d’Santiago se juntaram para falar sobre o modo como novos formatos de entretenimento podem dar voz a várias comunidades.
O artista leu um poema, de sua autoria, sobre as dificuldades e preconceitos que teve que superar devido à cor de sua pele e emocionou a plateia que se levantou para aplaudi-lo.
“Querida Whoopi Goldberg, eu nasci no ventre da escuridão, a cor mais antiga do mundo, a mesma que o céu veste quando todas as luzes se apagam e a humanidade se esquece de si mesma. (…) Minha pele negra parecia desonrar a imagem do Salvador que me ensinaram a amar. E com isso, cresceu o pecado da comparação, de desejar ser algo que não sou. que o fardo do pecado era minha própria existência”, começou dizendo o artista”.
Esta foi a primeira edição do Tribeca Festival Lisboa, mas não será a única. Neste sábado foi anunciado que o festival voltará à capital portuguesa para mais uma edição.
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