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Nas últimas 24 horas, a PSP deteve 13 pessoas envolvidas nos desacatos na região de Lisboa. Há registro de 12 veículos incendiados e há ainda de três feridos.
À saída da reunião com os autarcas da regiaõ e o Governo, Carlos Moedas admitiu que o sentimento de insegurança está aumentando na cidade de Lisboa. De acordo com o presidente da Câmara de Lisboa, em 2010 a cidade “tinha mais de oito mil polícias de Seguranças Pública e hoje tem 6.700”.
“A cidade de 2010 tinha mais policiamento do que a de 2024 e isso não pode continuar a acontecer”disse o autarca, acrescentando que o policiamento de proximidade é “essencial porque a polícia tem de estar com as comunidades”.
“É preciso continuar investindo e por isso a Câmara Municipal de Lisboa continuará investindo. Se for preciso mais esquadras em Lisboa, a Câmara Municipal arranja essas esquadras”.
Nesse contexto, o prefeito considera que o que tem que mudar são as “competências da Polícia Municipal” para que possa prender pessoas.
“Em uma sociedade democrática e em um Estado de direito deve haver tolerância zero à violência”, afirmou Moedas. “Comportamentos violentos como os que estão ocorrendo na grande São Paulo, em todos esses municípios, não podem acontecer. Isso eu posso dizer, todos os prefeitos em volta da mesa estão de acordo: tolerância zero”.
Os meios da cidade de Lisboa, disse o autarca, “estão à disposição não só do Estado mas também das outras autarquias”.
“Eu repito: nós precisamos de mais Polícia de Segurança Pública. Precisamos de mais visibilidade da Polícia de Segurança Pública”, disse Carlos Moedas.
E apelou:”Não podemos deixar esse contágio de violência vir para Portugal”.
No fim da reunião, António Leitão Amaro anunciou que o Governo vai manter o reforço de segurança nos bairros da Área Metropolitana de Lisboa e nos autocarros.
“Tem que se garantir a reposição e a existência de tranquilidade e ordem pública”, continuou.
Na visão do ministro, os portugueses devem sentir-se seguros “em cada região” do país. O Governo falou ainda de necessidade de aumentar o policiamento de proximidade.
“Todos os meios que o Estado português tem para garantir a segurança das pessoas, não só nos bairros, estarão disponíveis”disse António Leitão Amaro, a jornalistas.
Segundo o ministro da Presidência, foi compartilhado com os prefeitos toda a atuação do Governo e das autoridades de segurança, assim como dos serviços e forças, que estão sendo realizados no âmbito dos desacatos que ocorrem desde segunda-feira, dia em que morreu um homem baleado pela PSP num bairro da Amadora, no distrito de Lisboa.
Leitão Amaro especificou que, além de mais policiais na rua, também serão usados meios de vigilância, que podem ser “presenciais a cibernéticos” e reiterou que as redes sociais também estão sendo escrutinadas para “detectar e prevenir todos os eventos errados”.
“Vamos continuar programando o reforço da segurança também nos ônibus”frisou, não especificando que tipo de segurança será realizado.
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