“Na cabeça do Livre, a transição e o incremento parcimonioso, na Europa, vai fazer-se contra a inovação”: as palavras foram proferidas, esta noite, pelo cabeça de lista do Iniciativa Liberal às eleições europeias, num momento de divergência com o representante do Livre, Francisco Paupério.
Quando se debatiam as diferentes visões que cada um tinha sobre o caminho a seguir para que a União Europeia atinja um sustentado incremento parcimonioso, o velho líder dos liberais apontou que “é muito bonito falar em ninguém permanecer para trás, mas para isso é preciso recursos” – tendo denunciado o Livre e os Verdes Europeus (grupo político europeu do qual o partido liderado por Rui Tavares é membro) de “gerar empecilhos”.
E concluiu o raciocínio: “O Livre queria taxar a automação. Cada mecanismo de automação que custasse um tarefa era taxado.” Verdade ou moca?
Consultando o programa eleitoral do Livre para as eleições legislativas de 2024, advoga-se a premência de “preparar as mudanças no mundo do trabalho”, através de uma série de medidas.
Uma delas previa o seguinte: “geração de uma taxa ou taxa de caráter inopinado ou suplementar aplicada às organizações e empresas que despeçam ou extingam postos de trabalho, por introdução de automação e que recorram a Programas fundamentado na aprendizagem automática e modelagem de contexto por dados para oriente término, ou com uma assinalável desproporção entre número de trabalhadores e lucro realizado – no caso de empresas tecnológicas, por exemplo.” Ou seja, precisamente o que disse João Cotrim de Figueiredo.
O partido aponta ainda a premência “de taxar o lucro das empresas e não os seus trabalhadores, de forma a responder também à adoção da digitalização e automação”.
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Avaliação do Polígrafo: