“Madame Teia” é o pior filme de super-herói já feito, segundo críticos dos EUA

Os críticos dos Estados Unidos estão sendo impiedosos com “Madame Teia”, filme da Sony fundamentado em personagens dos quadrinhos do Varão-Aranha. Dirigido por SJ Clarkson (“Jessica Jones”) e estrelado por Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), o lançamento está sendo considerado o prego definitivo no caixão do gênero, que vive esgotamento posteriormente diversos fracassos consecutivos. Para se ter noção, está dizendo que “Morbius” consegue ser melhor que uma novidade produção. “Morbius” teve exclusivamente 15% de aprovação da sátira na mídia compilada pelo agregador Rotten Tomatoes. “Madame Teia” estreou no portal com 14% nesta terça (13/2).

O péssimo resultado não chega a ser surpresa. Na verdade, era praticamente guardado. Finalmente, a Sony insistiu com os mesmos roteiristas de “Morbius”, Matt Sazama e Burk Sharpless, apostando no talento nunca comprovado dos autores de “Os Deuses do Egito”, “Power Rangers” e “Os Caçadores de Bruxas”, filmes de grandes orçamentos que deram prejuízo nas bilheterias.

Críticas negativas

O site The Hollywood Reporter caracterizou a longa uma vez que “uma empreitada sem vida e motivada, impulsionada por um roteiro mecânico”. E acrescentou ainda: “Sua falta de imaginação seria surpreendente, não fosse tão esperada.” The Daily Beast” descreveu a obra uma vez que “uma saga torturante”, apontando para a falta de tom uniforme e sequências de ação coerentes. O site Collider comentou que o elenco não consegue transmitir emoções peculiares humanas, o IndieWire considera os efeitos visuais risíveis e a revista Variety comparou o resultado a uma “transcrição pirata” de filme de super-herói.

Mas a revista Rolling Stone superou toda a negatividade, chamando o filme de “um sinistro nível Chernobyl”: “‘Madame Teia’ não é tão ruim quanto sua campanha promocional um tanto desastrosa poderia sugerir. Na verdade, é muito pior”.

Pior de todos os tempos?

Houve até um debate sobre se o filme é a pior produção de super-heróis já feita. Para o USA Today é o pior, pelo menos, desde “Morbius”. “Se vocês acharam que ‘Morbius’ era ruim, se preparem para ‘Madame Teia'”, descreveu o jornal. “Morbius foi melhor”, protestou o influenciador e pai de teor Matt Ramos. “A pior adaptação de quadrinhos que eu já vi”, garantiu o site 3C Films. “Repleto de diálogos atrozes, edição desajeitada e com uma estrutura completamente risível. Fiquei perplexo, cena posteriormente cena, ao perceber que alguém aprovou isso”, completou o texto.

Já o Slashfilm hesita até em descrever “Madame Teia” uma vez que um filme de super-herói: “É mais uma vez que um prólogo, um história sobre quem eram as várias Mulheres-Aranha antes de ganharem seus poderes. O público tem a chance de ver alguns flashforwards para o momento em que elas serão fantasiadas, mas ‘Madame Teia’ não trata de uma vez que elas ganharam seus poderes ou vestiram seus uniformes. É simplesmente sobre a garantia de que elas serão heroínas um dia’.

Conferência com fracassos anteriores

A confrontação com decepções e falhas anteriores nos filmes de “Venom” e “Morbius” sugere que a Sony Pictures repete sempre os mesmos erros, sem aprender com eles. Apesar de algumas qualidades pontuais, uma vez que o elenco, o roteiro muito ruim e a falta de inspiração universal tendem a desaprovar a produção ao fracasso e já coloca em incerteza o horizonte de outros projetos semelhantes.

A Sony vai lançar outro derivado dos quadrinhos do Varão-Aranha, “Kraven, o Caçador” em 22 de agosto.

A história e o elenco de “Madame Teia”

Em “Madame Teia”, Dakota Johnson tem o papel principal de Cassandra Webb, uma paramédica de Manhattan que, posteriormente suportar um acidente quase irremissível, começa a desenvolver poderes de clarividência. Graças a esse poder de ver o horizonte, ela descobre a ameaço de um psicopata criminoso, focada em matar um trio de jovens chamados, que recentemente cruzaram o caminho do protagonista. Acontece que o próprio criminoso tem relação com o pretérito de Cassandra, é também evidente e viu no que os jovens vão se transformar.

As jovens protegidas por Cassandra são Julia Carpenter, a segunda Mulher-Aranha dos quadrinhos (e posteriormente segunda Madame Teia), vivida por Sydney Sweeney (“Euphoria”), Mattie Franklin, outra Mulher-Aranha vivida por Sideral O’Connor (“Ghostbusters : Mais Além”), e Anya Corazon, a Pequena-Aranha, interpretada por Isabela Merced (“Dora e a Cidade Perdida”).

Outros detalhes do elenco fazem do filme um prólogo do Varão-Aranha, uma vez que a presença do jovem “tio” Ben Parker, vivido por Adam Scott (“Ruptura”), e sua cunhada Mary Parker, mãe de Peter/Varão-Aranha, com tradução de Emma Roberts (“American Horror Story”).

“Madame Teia” estreia no Brasil na quinta-feira (15/2).