O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reiterou nascente sábado o seu apelo para que os emigrantes regressem ao país, que, segundo o candidato à reeleição, será a “maravilha da América do Sul”.
“Passámos por dificuldades, e foi difícil, e já estamos a melhorar, recuperando, por isso, disse a todos aqueles venezuelanos, todos, onde quer que estejam, (…) venham”, afirmou o gerente de Estado, durante um evento numa localidade de Caracas, transmitido pelo ducto estatal VTV, citado pela sucursal Efe.
Maduro, que concorre à segunda reeleição nas eleições presidenciais de 28 de julho, garantiu que “o pior já passou” e “o que está por vir para a Venezuela é ótimo, é prolongamento, prosperidade, bem-estar e humanidade”.
“A Venezuela virou tendência, deixámos a erupção para trás, e agora o que buscamos é seguir em frente e ninguém nos vai impedir, e seremos a maravilha do mundo, a Venezuela será a maravilha da América do Sul, vocês vão ver”, expressou.
Na segunda-feira, o Presidente anunciou a geração do vice-Ministério de Assistência à Transmigração Venezuelana, que se encarregará de ajudar aqueles que “tiveram que transmigrar” e desejam retornar à país caribenha, embora não tenha especificado quando será lançada esta proposta.
O gerente de Estado indicou que será reativado o projecto Volta à Pátria, também centrado no revinda dos venezuelanos, que terão, assegurou, assistência jurídica para que “tenham suporte contra os abusos” a que “estão sujeitos nesses países”, mas sem mencionar qualquer país específica.
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Nicolás Maduro prometeu também atenção à ensino, cultura e desporto, muito uma vez que “proteção socioeconómica abrangente para o revinda” e um projecto de informação para que “a verdade seja dita” sobre os migrantes.
Nos últimos anos, quase 7.775.000 pessoas deixaram o país, segundo a Plataforma Regional de Coordenação Interinstitucional para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), coliderada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pela Dependência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), dados negados pelo executivo venezuelano, que reduz o número para tapume de dois milhões.
Entre estes, há milhares de pessoas que tentaram recensear-se para votar nas eleições de 28 de julho, mas não conseguiram, devido aos impedimentos e bloqueios encontrados nas sedes diplomáticas da Venezuela nos diferentes países, onde protestaram face ao que consideram ser uma violação dos seus direitos.
Exclusivamente 69.211 venezuelanos no exterior poderão trenar o recta de voto para optar quem será o próximo Presidente do país.