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Os trabalhadores queixam-se de salários em tardada e acusam a fábrica de cerâmica de “gestão danosa” durante anos. Contactada pela SIC, os proprietários da empresa optaram por não prestar declarações.
Mais de 100 trabalhadores foram despedidos de uma fábrica de cerâmicas em Torres Novas. Os profissionais dizem que há salários em tardada e prometem lutar por indemnizações.
Há muito que nas Cerâmicas Carlos Mendes os salários em tardada eram recorrentes, dizem os agora ex-funcionários
“Houve meses em que passei inópia. Tive de pedir ajuda a minha mãe. Se não fosse ela, os meus filhos passavam inópia”, conta Joaquina Costa.
Um despedimento coletivo, numa região do interno onde o desemprego aumentou 33% desde 2020.
“Nosso superintendente não disse uma palavrinha”
Levante mês, ninguém esperava que a ingressão de um gestor judicial levasse ao despedimento coletivo de 106 trabalhadores.
“Não estava mesmo zero à espera, porque até ao próprio dia o nosso superintendente de troço não foi capaz de manifestar uma palavrinha”, afirma Mónica Reis.
Os vetusto funcionários acusam a governo da empresa de má gestão “durante vários anos”.
Sindicato promete pedestal, empresa não responde
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica promete concordar juridicamente os ex-funcionários.
Contactada pela SIC, os proprietários da empresa optaram por não prestar declarações. O gestor judicial não respondeu às nossas tentativas de contacto.
No desemprego e com poucas perspetivas, estes funcionários prometem agora não decrescer os braços pelos seus direitos.
“Com a minha idade vamos para onde? Vamos lutar, com a ajuda do nosso sindicato para receber o meu numerário”.