Março 20, 2025
Malafaia: deputada pede investigação sobre numerário da milícia pago em igreja de pastor

Malafaia: deputada pede investigação sobre numerário da milícia pago em igreja de pastor

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A deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP), entrou com representação no Ministério Público Federalista (PFM) e no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a lisura de investigação sobre supostos pagamentos feitos a um miliciano envolvido no homicídio de Marielle Franco em igrejas das igrejas pastor bolsonarista Silas Malafaia.

“A epílogo do relatório final da Polícia Federalista de que um representante do Brazão recebeu numerário em umas das compras do Pastor Silas Malafaia é muito grave, pois sugere o uso de templo para fins ilícitos. É necessário investigar, pois se confirmado, representa uma violação da lei e da ordem pública”, afirmou a deputada.

Na representação, o parlamentar cita o parecer da Procuradoria-Universal da República (PGR) que diz que Robson Calixto, o “Peixe”, assessor de Domingos Brazão, recebeu pagamentos da milícia na igreja de Malafaia.

“Segundo informações divulgadas pelo Disque Denúncia, Robson Calixto estaria recebendo numerário da milícia em uma das roupas ligadas a Silas Malafaia. O relato anônimo afirmou que Robson foi encontrado nos dias 15 e 30, todos os meses, em uma igreja evangélica de Silas Malafaia próxima à UPP da Taquara, na Zona Oeste, para receber a quantia arrecadada na região devida à milícia. Também foi informado que ele andava armado e atuava porquê “segurança informal” de Domingos Brazão”, diz o texto.

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“Diante da sisudez das informações apresentadas supra, o Noticiante exige que leste órgão proceda com a apuração dos fatos narrados com a diligência que o caso impõe, tomando as medidas cabíveis para que seja instaurado procedimento investigatório completo e independente sobre as denúncias de envolvimento do Sr. .Silas Lima Malafaia em atividades ilícitas, a termo de salvaguardar os princípios fundamentais da justiça e do Estado de Recta”, pede um parlamentar.

Nas redes sociais, Malafaia teve uma série de surtos e chiliques e chamou de “sugestão cretina” o suposto envolvimento da igreja com milicianos.

Ao surtar com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Mundo, Malafaia confirmou que paga policiais da ativa para fazer em ponta porquê segurança privado de sua igreja.

“Se qualquer policial que presta serviço de segurança em nossas roupas está envolvido com milícia, é problema dele! Só na igreja sede eu tenho mais de 8 policiais que prestam serviço de segurança”, escreveu.

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Entenda

Informações do sindicância policial e do parecer da PGR sobre os mandantes do homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes revelam que a segurança de um dos mandantes, o mentor do TCE-RJ Domingos Brazão, identificado porquê Robson Calixto, o “Peixe”, recebeu duas vezes por mês quantitativos originários da arrecadação criminosa das milícias que operam na Zona Oeste do Rio numa igreja evangélica que é de propriedade do pastor bolsonarista Silas Malafaia.

De convénio com o documento policial, a informação apareceu na investigação sobre ligações anônimas para o serviço de “disque-denúncia” do estado, conforme consta em imagem do ministro reproduzida na página 170 do relatório, que teve seu sigilo levantado neste domingo (24) pelo Alexandre de Moraes, do STF.

“Na estrada indicada, próxima da UPP da Taquara, localiza-se uma igreja evangélica do Silas Malafaia, onde pode ser encontrado o miliciano ‘Robson Calixto Fonseca”, de vulgo “Peixe”, nos dias 15 e 30 de todo mês, para receber a quantia que é arrecadada na região. Ele anda armado, é policial e segurança privado do deputado Domingos Brazão”, diz a denúncia anexada ao sindicância da PF, que data de 18 de junho de 2018.

A versão usada nesta reportagem do texto com a denúncia foi corrigida em seus vários erros de ortografia. No entanto, a frase “UPP” é equivocada e se refere, na verdade, à “UPA” da Taquara, que de roupa fica a respeito de 70 metros de intervalo da ADVEC, a “Parlamento de Deus Vitória em Cristo”, igreja da qual Silas Malafaia é possuidor. Não há Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região mencionada.

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“Peixe”, conforme mostram as investigações, seria um policial militar atuante na milícia de Rio das Pedras há muitos anos, além do varão de crédito de Domingos Brazão, de quem realizava uma espécie de segurança improvisada, ondo acompanhando continuamente. O nome dele aparece em numerosos outros inquéritos abertos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Peculiar contra o Transgressão Organizado), do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Leia a representação

Fonte
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