Várias dezenas de manifestantes estão esta segunda-feira concentrados na Rua Garrett, em Lisboa, em homenagem a Alcindo Monteiro, cabo-verdiano assassinado há 29 anos neste sítio, num protesto antirracista que lembra lutas antigas e evoca as novas, pelo povo da Palestina.
Organizada por várias associações que lutam contra a discriminação, o protesto começou junto ao sítio onde Alcindo Monteiro (1967-1995) foi assassinado em 1995, assinalado por uma placa da Câmara Municipal de Lisboa, em que a autonomia se compromete a não olvidar o sucedido.
Datada de 2020, a placa evocativa assinala que “a cidade de Lisboa reafirmou o seu responsabilidade de memória e justiça e o seu compromisso com o combate ao racismo e ao fascismo sob todas as suas formas”.
“Racismo em Portugal é uma vergonha vernáculo” e “Racismo é repartição para aumentar a exploração” são algumas das palavras de ordem com que os manifestantes iniciaram uma pequena marcha, empunhando bandeiras de alguns dos promotores da iniciativa, porquê a Vida Justa ou a Frente Anti-Racista.
À cabeça da marcha, os manifestantes seguram uma tira, na qual se pode ler “Unidos contra o racismo e a xenofobia – 10 de junho”.