No ano pretérito, a Senna Brands encomendou pesquisa sobre a popularidade do ídolo em 14 países. Neste grupo medido, os Estados Unidos é onde há maior interesse recente no brasílio, nos últimos cinco anos ou menos. Em muitas destas nações, o interesse pelo tricampeão mundial é maior do que pela Fórmula 1 e do que pelo automobilismo em universal, de pacto com a pesquisa.
Bianca cita um exemplo para atestar a iniciante popularidade do brasílio entre os americanos. “Vamos ter um mural do Kobra inaugurado na quinta-feira, que vai permanecer na torre de comando do GP de Miami de F-1. Ficará no Dolphins Stadium para sempre. E foi o pessoal do estádio que pediu para fazer essa homenagem. Aí você vê porquê a situação é grande. Eles não fizeram isso para nenhum outro desportista”, afirmou a CEO da Senna Brands, empresa criada para gerir a imagem e os produtos ligados ao ídolo.
Ela conta que os primeiros produtos licenciados chegaram aos EUA no ano pretérito. “Estamos começando a ver os produtos nas gôndolas agora. Normalmente, nos casos de licenciamento, a gente costuma ter um período de semear até encetar a colher os resultados. Estamos exatamente neste momento, vamos ter um desenvolvimento, mas será um desenvolvimento mais fixo. No ano que vem é que vamos sentir um pico maior por conta do mercado americano. Os americanos acabam influenciando o resto do mundo.”
A maior presença das marcas Senna e Senninha em solo americano coincide com o desenvolvimento da própria F-1 no país. A categoria vem investindo poderoso em mídia, conquistando maior popularidade, principalmente entre os mais jovens. Para tanto, conta com o sucesso da série “Drive to Survive”, da Netflix, que apresentou o campeonato à novidade geração.
“Precisamos sempre estar nos reinventando porque as gerações mudam, os meios mudam e precisamos estar tentando encontrar formas de passar a história e os valores do Ayrton de uma forma que a novidade geração consuma, do jeito que eles gostam”, diz Bianca, já projetando a série da Netflix que vai relatar a história do Senna. “Vai ajudar muito, por ser ficcional, por trazer o Ayrton dentro de outro contexto, não unicamente nas corridas.”
Na esfera virtual, a Senna Brands também investe no público infantil. “Lançamos um jogo agora com o SporTV, que é o Senna Land, voltado para as crianças. Você começa a ter o seu primeiro momento de conhecimento ali. Temos redes sociais, muitas formas de conseguir falar com a novidade geração. São essas formas que precisamos sempre estar trabalhando: games, entretenimento, experiências, produtos.”
A força do tricampeão mundial até hoje pode ser medida por uma zero, já desatualizada. Em 2019, Bianca estimou que a marca Senna já rendeu murado US$ 2 bilhões (murado de R$ 8,3 bilhões no câmbio da quadra) desde a sua geração, em 1990. A sobrinha do ídolo acredita que a zero receberá uma boa atualização no próximo ano, posteriormente a marca se solidar no mercado americano.
“Eu não tenho esse número exato, mas, com certeza, aumentou. Não vou expressar que foi um aumento exponencial. Mas posso expressar que é um aumento manente. Acho que o próximo pico vai ser com a série da Netflix. Depois deste momento, vamos ter um desenvolvimento maior porque começamos a penetrar mercados, porquê o americano.”