Tapume de 10 milénio pessoas foram nesta quinta-feira (09/05) às ruas de Malmo, na Suécia, reclamar contra a participação de Israel no Festival da Cantiga Eurovision de 2024, poucas horas depois da israelense Eden Golan chegar à final do concurso com escora de votos populares com a música Furacão.
Entre os manifestantes em Malmo, estava a ativista climática sueca Greta Thunberg.
Em janeiro, alguns artistas da Suécia, país que sedia a competição neste ano, já haviam se juntado a apelos de colegas da Islândia e da Finlândia em um manifesto que acusa Israel de cometer “crimes de guerra” no conflito contra o Hamas na Tira de Gaza.
“O que está acontecendo em Gaza é um sinistro humanitário”, afirma o manifesto direcionado à União Europeia de Radiodifusão (EBU), organizadora do Eurovision. A missiva critica a permissão para que Israel participasse do concurso de música.
A Suécia venceu o Eurovision em 2023, levando a competição para seu país pela sétima vez. A final do festival será realizado neste sábado, em Malmo.

Greta Thunberg participou do protesto em Malmo
Barricadas ao volta do Malmo Estádio
Barricadas de metal e grandes blocos de concreto foram colocados ao volta do Malmo Estádio, estádio onde acontece a final da competição.
A polícia lugar recebeu escora de colegas dinamarqueses e noruegueses, embora considere que até agora os protestos foram “tranquilos”. Os atos contaram com fogos de artifício lançados com as cores da bandeira dos territórios palestinos e gritos dos participantes uma vez que “do rio ao mar, a Palestina será livre” e “Israel é um Estado terrorista”.
Os organizadores dos protestos dizem que planejam marchar novamente antes da final, no sábado (11/05).
Israel alerta cidadãos, e EBU diz que evento é apolítico
O governo israelense emitiu um alerta aos seus cidadãos, citando “preocupação” de possíveis ataques e vaias altas durante a apresentação de Eden Golan no experiência universal.
A EBU decidiu que Israel tem permissão para competir, apesar de meses de oposição contra a participação do país em meio à guerra de Israel contra o Hamas. No entanto, Golan teve de mudar o título e a letra de sua música. Originalmente, o título era Chuva de outubro (Chuva de outubro), o que parecia ser uma referência ao ataque do grupo palestino a Israel em 7 de outubro, o que desencadeou a guerra atual.
A EBU afirma que o Eurovision é apolítico, mas críticos da participação de Israel apontam que em 2022 a Rússia foi banida da competição depois a invasão da Ucrânia, e que Belarus também já havia sido excluída um ano antes, por pretexto de sua forma de mourejar com os direitos humanos e com a liberdade de prensa. A competição deste ano também proíbe a exibição de bandeiras dos territórios palestinos.