Setembro 21, 2024
Militares lançam gás lacrimogéneo a manifestantes que rejeitam resultados eleitorais na Venezuela
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Militares lançam gás lacrimogéneo a manifestantes que rejeitam resultados eleitorais na Venezuela #ÚltimasNotícias

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Dezenas de soldados venezuelanos lançaram bombas de gás lacrimogéneo contra cidadãos que saíram às ruas em Caracas, em protesto contra a oficialização da vitória de Nicolás Maduro nas presidenciais, rejeitada pela oposição e parte da comunidade internacional

Depois de percorrerem cerca de dez quilómetros pelo leste da capital venezuelana, os milhares de manifestantes chegaram a um ponto junto à autoestrada principal, onde membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia Militarizada) e da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) impediram a continuação da caminhada.

A agência Efe confirmou que, no local, os agentes fardados dispararam gás lacrimogéneo e chumbos contra os manifestantes e detiveram cerca de 20, enquanto os protestos e a mobilização de pessoas persistem em vários pontos de Caracas.

Os manifestantes, que mantiveram uma ação pacífica até serem atacados pelas forças de segurança, foram afetados pelos gases libertados, enquanto os meios de comunicação locais mostraram algumas pessoas feridas pelos projéteis.

A ação dos polícias fardados não deteve os manifestantes, cujo número continuou a crescer depois das 17h locais (22h em Lisboa), de acordo com a Efe. Entretanto, uma organização não-governamental (ONG) disse que uma pessoa morreu na segunda-feira.

“Pelo menos uma pessoa foi morta no estado de Yaracuy (noroeste) e 46 pessoas estão detidas”, depois dos acontecimentos pós-eleitorais, escreveu o diretor da ONG Foro Penal, especializada na defesa de presos políticos, Alfredo Romero, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

Vários manifestantes retiraram cartazes da campanha de Maduro e arrastaram-nos pelo chão, amarrados a motorizadas, onde se encontravam companheiros a bater ruidosamente com panelas e frigideiras em sinal de protesto.

Jesus Vargas

América Latina

Através das redes sociais, têm circulado numerosos relatos de protestos semelhantes em várias regiões do país produtor de petróleo. Nas eleições de domingo, Maduro enfrentou o candidato maioritário da oposição, Edmundo González Urrutia, e outros oito candidatos.

A líder anti-chavista María Corina Machado afirmou que o “novo presidente eleito” da Venezuela é Edmundo González Urrutia, líder da principal coligação da oposição, apesar dos resultados anunciados pelo órgão eleitoral, que hoje insistiu que Maduro obteve a maioria dos votos válidos nas eleições presidenciais.

Nicolás Maduro reagiu de imediato ao ato de proclamação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), realçando que alcançou a proeza de ter derrotado “o fascismo” nas eleições de domingo.

No domingo à noite, o CNE anunciou que o Presidente cessante Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos com 51,20% dos votos.

Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados.

Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Rússia, Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas outros Estados da comunidade internacional, e reconhecidos como democráticos, demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela. Foi o caso de Portugal, Espanha ou Estados Unidos.

Nove países latino-americanos – Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai – pediram hoje uma “revisão completa” dos resultados eleitorais na Venezuela, país que conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes.

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