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A Moody’s vai avaliar hoje a dívida soberana portuguesa, depois de na última revisão ter mantido inalterado o ‘rating’ e a perspectiva, algo que pode ser melhorado agora, segundo analistas ouvidos pela agência Lusa.
“As expectativas para a decisão desta semana são de que o ‘rating’ seja mantido, uma vez que não há mudanças significativas no campo macroeconômico, estratégico e político que possam afetar a capacidade de Portugal de cumprir suas obrigações de crédito”, adianta à Lusa Vítor Madeira, analista da XTB.
A última avaliação da Moody’s sobre a dívida soberana portuguesa foi em maio, quando manteve inalterado o ‘rating’ de Portugal, em ‘A3’, com perspectiva ‘estável’.
Paulo Monteiro Rosa, Economista Sénior do Banco Carregosa, recorda à Lusa que nessa ocasião, a agência considerou que havia riscos elevados de novas eleições antecipadas, caso o orçamento do Estado para 2025 (OE2025) fosse rejeitado. “No entanto, esses riscos desapareceram com a aprovação, na generalidade, do OE2025”, salienta.
O economista destaca que “Portugal tem apresentado indicadores econômicos positivos, especialmente na redução da dívida pública, o que pode influenciar positivamente a avaliação da Moody’s”.
“A estabilidade política recentemente alcançada com a aprovação do Orçamento de 2025 também pode ser um fator favorável na análise da agência, uma vez que a confiança nas instituições governamentais é um dos critérios avaliados”, acrescenta.
Já no que diz respeito ao ‘outlook’ (perspectiva), Vítor Madeira argumenta que este “permanece estável”, o que sugere que, a menos que ocorram mudanças imprevistas, como uma deterioração das condições econômicas globais ou um agravamento de riscos internos, não há razões para que esta avaliação seja alterada”.
Por outro lado, Paulo Monteiro Rosa ressalta que a “última das principais agências de ‘rating’ a se pronunciar foi a Fitch Ratings, em 20 de setembro, que manteve o ‘rating’ de Portugal em ‘A-‘ e melhorou a perspectiva para positiva”, o que “reflete o progresso contínuo na redução da dívida pública, o compromisso com uma política fiscal prudente e a desalavancagem externa, que reduzem as vulnerabilidades de Portugal”.
O economista considera, assim, que “o mais provável é que a Moody’s melhore o ‘outlook’ de Portugal para positivo, alinhando-se com as restantes principais agências de classificação de crédito”.
O ‘rating’ é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.
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