Curiosidades da Ciência
O que a ciência tem a expor sobre esta figura de frase e uma vez que, por fim, o libido amoroso pode realmente afetar o coração, tanto emocional quanto fisicamente.

Inês M. Borges
“Morrer de paixão”, frase popular, tema de inúmeras obras artísticas e literárias ao longo dos séculos. Embora seja muitas vezes considerado uma vez que mera figura de linguagem, a ciência revela que o libido amoroso pode ter efeitos reais no coração e na saúde universal.
O coração sempre foi um símbolo do paixão e das emoções humanas, mas a ciência e a medicina mostram que a relação entre libido amoroso e problemas cardíacos transcender o simbolismo romântico.
Coração partido é mais do que uma metáfora
Um libido amoroso pode de vestimenta desencadear problemas cardíacos. Estudos mostram que as experiências emocionais intensas, principalmente aquelas associadas ao término de relacionamentos ou à perda de um ente querido, podem desencadear sintomas físicos no coração.
- Aumento da atividade do sistema nervoso autônomo: durante momentos de estresse emocional, o sistema nervoso autônomo é ativado, desencadeando uma resposta de “lutar ou fugir”. Isso leva à liberação de hormônios do estresse, uma vez que adrenalina e cortisol, que podem ter efeitos negativos sobre o coração, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca.
- Inflamação e disfunção endotelial: o estresse emocional crônico pode levar à inflamação do revestimento interno das artérias. Isso pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, uma vez que a aterosclerose, que é a formação de placas nas artérias, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames.
- Alterações nos padrões de sono e hábitos alimentares: o libido amoroso muitas vezes leva a distúrbios do sono, falta de gosto ou compulsão cevar, e mudanças nos padrões de treino físico. Esses comportamentos podem ter impactos adversos na saúde cardiovascular, contribuindo para o aumento do risco de obesidade, diabetes e hipertensão.
- Ativação do eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA): o estresse emocional também pode desencadear a ativação do eixo HPA, resultando na liberação de hormônios uma vez que o cortisol. O aumento prolongado dos níveis de cortisol pode levar a uma série de efeitos adversos sobre o corpo, incluindo o aumento da pressão arterial e a supressão do sistema, que podem afetar negativamente a saúde do coração.
“Coração partido” provoca lesões semelhantes a um enfarte
A Síndrome do Coração Partido é uma veras reconhecida pela medicina – um aperto no peito semelhante ao que se sente durante um enfarte. Um evento traumático uma vez que uma morte ou uma separação pode desencadear levante processo – uma ou mais artérias que irrigam o coração ficam travadas, não levam oxigênio suficiente ao coração e as células afetadas morrem.
A exigência médica começou a ser estudada na dezena de 90 por um pesquisador nipónico, que lhe deram o nome de Doença de Takotsubo.
37 pessoas com desgostos – e lesões no coração
Numa investigação financiada pela Instalação Britânica do Coração (BHF), os cientistas concluíram que as lesões podem ser permanentes.
Durante dois anos o pesquisador monitorizou 37 pessoas que sofreram de síndrome do coração partido ou Doença de Takotsubo.
No estudo, o pesquisador revelou que, em todos os participantes, o tecido muscular tinha perda de flexibilidade, o que alterava a contração de cada coração cardíaco. Estas consequências são iguais a um enfarte.
“Takotsubo é uma doença devastadora que de repente pode deitar aquém de pessoas saudáveis”, explicou o professor Jeremy Pearson, diretor médico da BHF. “Pensamos que os efeitos desta doença que ameaçavam a vida eram temporários, mas agora percebemos que podemos continuar a afetar as pessoas para o resto de suas vidas”.
Pearson referiu que não existe um tratamento a longo prazo para os pacientes, uma vez que os médicos sempre pensaram que todos os que sobreviveram a esta exigência iriam, mais tarde ou mais cedo, fazer uma recuperação totalidade.
“Esta investigação mostra que há efeitos a longo prazo sobre a saúde do coração e sugere que devemos tratar os pacientes da mesma forma que tratamos aqueles que corrigem o risco de insuficiência cardíaca”, conclui.
Brendan McDermid/Reuters
Há alguém que esteja mais vulnerável à Síndrome do Coração Partido?
A Síndrome do Coração Partido não discrimina idade, gênero ou regimento social. Qualquer pessoa que passe por um intenso estresse emocional, uma vez que resultado de um libido amoroso ou de uma perda significativa, corre sempre um risco de desenvolver esta exigência cardíaca.
No entanto, há certos fatores que podem aumentar a vulnerabilidade:
- Idade avançada: estudos sugerem que os adultos mais velhos podem estar em maior risco de desenvolver a síndrome do coração partido, talvez devido a uma maior suscetibilidade a condições médicas subjacentes ou a uma resposta mais intensa ao estresse emocional.
- Histórico de doenças cardíacas: Indivíduos com antecedentes de doenças cardíacas ou outros problemas de saúde cardiovascular podem ter um risco de desenvolver a síndrome do coração partido, uma vez que o coração já pode estar comprometido em termos de função e saúde.
- Predisposição genética: há investigações que sugere que a predisposição genética pode desempenhar um papel na suscetibilidade à síndrome do coração partido, mas mais estudos são necessários para entender completamente essa relação.
- Níveis elevados de estresse crônico: Pessoas que lidam com altos níveis de estresse, seja devido a problemas financeiros, trabalho exigente ou relacionamentos tensos, podem estar em maior risco de desenvolver uma síndrome do coração partido quando confrontadas com um evento emocionalmente traumático.
(Algumas) estratégias para mourejar com um fado amoroso
Enfrentar um libido amoroso pode parecer uma tarefa esmagadora, mas existem estratégias que podem ajudar a mourejar com essa dor emocional.
- Compartilhar sentimentos com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental pode proporcionar conforto e perspectiva.
- Destinar tempo a cuidar de si mesmo, seja através de treino físico, reflexão, hobbies ou atividades relaxantes que o ajudem a restabelecer o estabilidade emocional.
- Saber considerar seus limites emocionais, não forçar uma superação rápida da dor e permitir-se tempo para processar os sentimentos.
- Ouvir (boa) música. A música tem o poder de influenciar nossas emoções. Deixe que a música seja sua aliada nos altos e baixos da vida emocional.
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